Deputado do PT é reeleito presidente da Assembleia do RJ por mais dois anos
Apenas as bancadas do PSL e do Partido Novo votaram contra a recondução de André Ceciliano, apoiada pelo governador interino Cláudio Castro (PSC)
O deputado estadual André Ceciliano (PT) foi reeleito nesta terça-feira (2) para mais um mandato como presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).
Ele foi escolhido por 64 votos a três e duas abstenções, na sessão que abriu o ano legislativo fluminense, e permanecerá por mais um biênio, até o fim de 2022, no cargo que ocupa desde abril de 2017. Na ocasião, ele era vice-presidente, e assumiu o posto após uma licença do então presidente Jorge Picciani (MDB).
Com a eleição, Ceciliano segue como primeiro da linha sucessória do Palácio Guanabara enquanto Cláudio Castro (PSC) for governador, de forma interina ou definitiva, caso se confirme o impeachment do governador afastado Wilson Witzel (PSC), aberto na casa em 2019. Se Witzel for absolvido no Tribunal Especial Misto, o presidente da Alerj se torna o segundo da linha.
O governador interino Cláudio Castro esteve no Palácio Tiradentes, discursou para os deputados e manifestou apoio a Ceciliano antes do pleito, e aguardou o fim da votação.
Durante a semana, ele exonerou dois secretários que são deputados estaduais, para que eles pudessem votar pela reeleição de seu candidato. Casos de Bruno Duaire (PSC), de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, e Thiago Pampolha (PDT), de Meio Ambiente.
A única deputada ausente foi Alana Passos (PSL), que está em licença maternidade. Votaram contra a chapa de Cecilano os deputados estaduais Anderson Moraes, Felipe Poubel e Márcio Gualberto, todos do PSL. A bancada do Novo, formada por Alexandre Freitas e Adriana Balthazar, se absteve na votação.
Impeachment de Witzel
Em seu discurso de vitória, Ceciliano celebrou os feitos da gestão, disse que o Legislativo economizou R$ 1 bilhão em dois anos, e que devolveu os recursos ao estado, para que fosse empregado em áreas essenciais. E lembrou o impeachment de Witzel, principal tema da casa em 2020:
“Foi a coragem que nos levou a tocar adiante um processo de impeachment, com a unanimidade dos votos desta Casa, respeitando o contraditório e o amplo direito de defesa. Não nos orgulhamos de termos sido obrigados a afastar um governador democraticamente eleito, mas era nossa obrigação, mediante a tudo o que foi revelado”, afirmou.