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    Deputado bolsonarista decide exonerar servidor após confusão no fim da CPMI do 8 de janeiro

    Assessor de Carlos Jordy (PL-RJ) filmava parlamentares governistas que comemoravam aprovação do relatório da comissão; aparelho foi derrubado e atingiu a senadora Soraya Thronicke

    Leitura do relatório final da CPMI do 8 de janeiro
    Leitura do relatório final da CPMI do 8 de janeiro Wallace Martins/Futura Press/Estadão Conteúdo

    Marina DemoriMayara da Pazda CNN

    Em Brasília

    O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ), confirmou à CNN que vai pedir a exoneração de Rodrigo Duarte, assessor parlamentar que se envolveu em confusão após o fim da sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito que apurou o 8 de janeiro.

    Parlamentares da base governista caminhavam, junto com a relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), em comemoração a aprovação do relatório no colegiado. Duarte entrou no meio dos parlamentares, começou a fazer vídeos contestando o trabalho da CPMI e ofendendo a relatora.

    Vídeo: CPMI do 8/1 aprova relatório que indicia Bolsonaro, Cid, Torres e mais 58 pessoas

    Imagens mostram quando o deputado Rogério Correia (PT-MG), bate na mão do assessor que segurava o celular. O aparelho caiu na cabeça da senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), que no momento alegou ter sido agredida.

    Com o tumulto, Duarte fugiu e foi perseguido por policiais legislativos e outros assessores que presenciaram a cena.

    À CNN, Rodrigo Duarte negou que tenha agredido Soraya Thronicke e disse que vai prestar queixa contra as pessoas que “tentaram agredi-lo”.

    Em nota, o deputado Carlos Jordy disse que não houve agressão. Mas que a conduta do assessor é inaceitável. “Assisti ao vídeo. Não houve agressão. Ele estava filmando e gritando e o deputado Rogério Correia bateu em sua mão para retirar seu celular, que acabou caindo na cabeça da senadora Soraya. Contudo, independentemente disto, a conduta é incompatível com a de um assessor parlamentar e sua exoneração já foi determinada”, disse.

    Procurado pela CNN, Rogério Correia afirmou que, após a aprovação do relatório final, Duarte afirmou que Duarte “viu-se no direito de provocar um tumulto. Munido de ódio e do seu celular, provocou parlamentares e empurrou assessores bradando frases de desinformação com teor golpista”.

    “Continuamente, Rodrigo provocou a relatora Eliziane Gama e outros parlamentares desde a saída do Plenário até o Salão Azul. Ao ser confrontado pelo assessor e diante da ausência de agentes de segurança no espaço, derrubei seu celular no chão. Ciente da postura descabida que teve em pleno salão Azul do Senado Federal, o assessor saiu em disparada até a área externa da Câmara”, acrescentou.

    “Não aceitaremos que a democracia seja atacada em qualquer lugar e muito menos que provocações atrapalhem o debate. Aqui é a casa do Povo, lugar de vozes dissonantes dialogarem de maneira respeitosa em prol de uma sociedade mais justa, digna e fraterna”, finalizou.