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    Baleia Rossi, presidente do MDB, diz que sigla é independente do governo

    "O MDB sempre teve uma independência muito grande e tem a sua própria história. Nós respeitamos todos os partidos do centro", diz deputado

    Em entrevista à CNN, o deputado federal Baleia Rossi, presidente do MDB, avaliou  a relação do partido  com o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). De acordo com o político, a sigla ‘nunca se integrou ao Centrão’ – lista extensa de parlamentares, que juntos são capazes de garantir a aprovação de projetos de lei de interesse do Planalto e até garantir apoio suficiente para afastar qualquer possibilidade de prosperar um processo de impeachment.

    “O MDB nunca fez parte do Centrão. Ele tem uma história muito bonita que muito se confunde com a história recente do país (…) O MDB sempre teve uma independência muito grande e tem a sua própria história. Nós respeitamos todos os partidos do centro, não temos nenhuma dificuldade de diálogo com eles e nem criticamos, mas temos a nossa independência e não é à toa que é o maior partido do Brasil”, disse.

    Rossi também avaliou o cenário do país quanto aos pedidos de impeachmento do presidente Jair Bolsonaro que estão na Câmara dos Deputados. Para ele, este não é o momento adequado para tal e a pandemia deveria ser o foco de todos os esforços.

    “Entendo que o impeachment seria algo que desestabilizaria o nosso país. Então, no meio de uma pandemia, seria um desserviço ao nosso país e aos brasileiros que estão perdendo suas vidas. O momento agora é de ter serenidade e equilíbrio para sair da pandemia e se recuperar economicamente”, assegurou.

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    Questionado sobre o adiamento das eleições e a possível prorrogação dos mandatos, o político afirmou que o partido está discutindo sobre a pauta. Entretanto, reforçou que o foco de todos os membros do partido está no combate e no pós pandemia do novo coronavírus.

    “Como líder do partido, nós fizemos uma reunião conjunta entre nossos membros para começar a discussão. Claro que não é a nossa prioridade no momento, pois temos que concentrar nossos esforços em salvar vidas, empregos, empresas e em toda a pandemia. Acredito que até semana que vem nós vamos ter uma pesquisas com os nossos parlamentares para tomar uma decisão. Qualquer mudança no calendário precisaria de um grande entendimento”

    “Eu entendo que é uma discussão que depende muito do reflexo da pandemia ainda nos próximos meses. Acredito que o melhor caminho seria ter eleições este ano para que não haja nenhuma exceção”, completou.

    Manifestações 

    Rossi avaliou as manifestações pró e contra o governo Bolsonaro que ocorreram no último final de semana em São Paulo e Brasília. Na capital paulista, os manifestantes contra a favor do governo se reuniaram no Viaduto do Chá, no centro da cidade. Já os que protestavam contra se concentravam na Avenida Paulista. 

    “Temos que defender sempre o poder de manifestação. O MDB nasceu lutando pela democracia e, portanto, o direito de protestar é um dos pilares da democracia e está na Constituição. Mas o que não podemos aceitar são atos criminosos contra a democracia e claro que essas manifestações contra o Supremo têm que ser repudiadas, pois são antidemocráticas”, acrescentou ele. 

    Rossi também avaliou a conduta do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, que é filiado à sigla, sobre o fechamento  da Esplanada dos Ministérios para as manifestações que ocorreram no final de semana.

     O secretário da Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, disse em entrevista à CNN no domingo (14) que o decreto que proíbe a circulação de pessoas e veículos na Esplanada dos Ministérios, publicado por Ibaneis no sábado (13), foi motivado por ameaças pessoais ao chefe do Executivo e demais autoridades e as classificou como ‘inadimissível’.

    “O governador Ibaneis, antes de tudo, é um advogado renomado e um homem que presa pelas leis e pela ordem pública. Claro que quando ele quer coibir manifestações antidemocráticos ele tem total apoio do partido. Em nenhum momento nós vimos o governador ou qualquer outro membro do partido serem contrários às legitimas manifestações. Ele tomou as medidas que cabem a ele como governador do Distrito Federal”, concluiu.

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