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    Deputadas do PSL divergem sobre atuação de governadores em pandemia

    Janaina Paschoal, de São Paulo, e Caroline de Toni, de Santa Catarina, participaram do Debate 360°

    A deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP) e a deputada federal Caroline de Toni (PSL-SC), ambas da legenda pelo qual o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se elegeu, divergiram sobre as medidas adotadas por governadores para combater a proliferação do novo coronavírus.

    Para a parlamentar catarinense, mais alinhada ao Palácio do Planalto, há exagero nas medidas restritivas adotadas nos estados. “Quando nós observamos decretos de governadores infringindo cláusulas pétreas da constituição, como a livre locomoção dos brasileiros, impedindo a manifestação fé, isso sim é autoritarismo”. 

    Por sua vez, Janaina alertou para a gravidade da crise sanitária causada pela Covid-19. “Nós temos que entender que estamos no meio de uma pandemia mundial. Existe uma situação real, de uma doença grave, que contamina muito”, afirma. As duas participaram do Debate 360º, exibido pela CNN.

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    As parlamentares também trataram sobre a divulgação do vídeo de uma reunião ministerial apresentada ao Supremo Tribunal Federal, apontada pelo ex-ministro Sergio Moro como prova da interferência de Bolsonaro na Polícia Federal.

    Janaina defendeu a exibição integral do vídeo, com a ressalva, se for o caso, de se preservar trechos sensíveis à segurança nacional.  “Eu sou partidária da ideia de que é melhor publicar o vídeo na íntegra. Entretanto, eu não tive acesso ao material, não sei se, eventualmente, tem alguma questão de segurança [nacional]. O único tema, a meu ver, que justifica o sigilo é justamente o tema da segurança”, afirmou.

    Caroline de Toni concordou com a publicação com ressalvas, mas apontou incoerência de Moro em relação às acusações, já que o ex-ministro, em entrevistas quando estava à frente do Ministério da Justiça, negou qualquer interferência do presidente Bolsonaro.

    Janaina, que também é advogada e uma das autoras da ação que levou ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, disse que o presidente tem “sido radical”, e fez uma referência às manifestações que ocorreram no dia 19 de abril, em frente ao Quartel General de Brasília, com pedidos de intervenção militar. “Quando o próprio presidente vai em uma manifestação dessa, isso ganha outro significado”, avaliou.

    Já Caroline de Toni afirmou que o presidente não tem participação na organização dos atos. “Toda vez que o presidente tem se manifestado, ele tem garantido os direitos fundamentais”.

    Divulgação do vídeo

    A defesa do ex-ministro Sergio Moro enviou ao STF (Supremo Tribunal Federal) um documento reiterando um pedido para a divulgação integral do conteúdo da reunião ministerial, ocorrida em 22 de abril, na qual o ex-ministro alega provar a interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal.

    Na terça-feira, o ministro Celso de Mello, do STF, determinou que o procurador-geral da República, o advogado-geral da União e os advogados do ex-ministro Sergio Moro se manifestem, em até 48h, sobre o levantamento, total ou parcial da gravação da reunião ministerial.

    Para Moro, não há assunto pertinente a Segredo de Estado ou que possa gerar incidente diplomático, muito menos colocar em risco a Segurança Nacional — como alegou Bolsonaro. O ex-juiz também afirmou que a divulgação integral do conteúdo permitiria verificar as declarações feitas pelo presidente da República. 

     

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