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    Depois de quase 20 dias, Pazuello volta a trabalhar sem divulgar agenda

    Ministro da Saúde retornou ao trabalho após ficar afastado por causa do novo coronavírus

    Eduardo Pazuello durante coletiva do Ministério da Saúde
    Eduardo Pazuello durante coletiva do Ministério da Saúde Foto: José Dias - 27.abr.2020 / PR

    Natália André, da CNN, de Brasília

     

    O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, voltou a trabalhar depois de quase 20 dias afastado por causa do novo coronavírus. A agenda dele não foi divulgada oficialmente e fontes da pasta ouvidas pela CNN confirmaram que ele começou a despachar desde segunda-feira (9).

    De acordo com essas fontes, Pazuello tem se reunido com secretários do próprio ministério. Ontem e em boa parte do dia de hoje, cumpriu esses compromissos direto do Hotel de Trânsito dos Oficiais (HTO). Só deve ir ao seu gabinete na parte da tarde. Já, a partir de amanhã (11), abrirá a agenda para eventos externos como, por exemplo, o lançamento da campanha do “Novembro Azul”, que ocorrerá no próprio prédio do Ministério da Saúde com a presença dele.

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    Vírus no sistema

    Desde a semana passada, o Ministério da Saúde enfrenta problemas causados por um vírus que atingiu o sistema interno da pasta, o que tem dificultado o recebimento de atualizações dos dados da Covid-19 de diversos estados, entre eles São Paulo.

    Além disso, a comunicação com a imprensa também foi prejudicada. As demandas não estão sendo recebidas por e-mail, apenas por um número de WhatsApp. As respostas a esses pedidos têm demorado mais de 24 horas.

    O Ministério afirma que o sistema começou a ser normalizado hoje. Por isso, os compromissos do ministro de ontem e de hoje tiveram que ocorrer do HTO.

    Vacinas

    A questão das vacinas também deve ganhar urgência na agenda de Pazuello. Integrantes do governo paulista e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se reuniram na manhã desta terça-feira (10) para afinar o discurso em relação a interrupção nos estudos da Coronavac.

    Já o imunizante da Pfizer, que está sendo testado no Brasil, e o russo (Sputnik-V), que não é testado no país, apresentaram bons resultados em relação à eficácia. Os governos federal e estaduais ainda não fecharam negócios com nenhum dos laboratórios. O Paraná e a Bahia só manifestaram interesse em relação ao russo.

    Afastamento de Pazuello

    No dia 19 de outubro, Pazzuelo sentiu mal estar, teve febre e se isolou no Hotel de Trânsito de Oficiais do Exército. Na mesma data, o ministro enviou uma carta ao Instituto Butantan declarando interesse na aquisição de 46 milhões de doses da vacina chinesa, Coronavac, que vem sendo negociada pelo governo de São Paulo, sem ajuda do governo federal.

    No dia 20, antes de confirmar que havia testado positivo para a Covid-19, Pazuello cancelou quase toda a sua agenda e manteve apenas a participação dele no Fórum dos Governadores. No evento on-line, o ministro reforçou o interesse pelas doses do imunizante da farmacêutica Sinovac.

    No dia seguinte, o presidente Jair Bolsonaro desautorizou o anúncio e disse que não compraria a vacina “do governo de São Paulo.”

    Horas depois, Pazuello confirmou a doença e se afastou de vez. No dia 30 de outubro, ele foi internado, em um hospital particular para tratar um quadro de desidratação e, dois dias depois, foi transferido para o Hospital das Forças Armadas. O ministro só recebeu alta no dia 3 de novembro. Já com a confirmação de que não estava mais com a doença.