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    Depoimento de Moro à Polícia Federal é ‘insosso’, avalia advogado criminalista

    Para Pierpaolo Bottini, até agora não há elementos para denúncia

    Da CNN, em São Paulo

    Em entrevista para a CNN nesta terça-feira (5), o advogado criminalista Pierpaolo Bottini manifestou ceticismo quanto à possibilidade do procurador-geral da República, Augusto Aras, conseguir oferecer denúncia a partir do depoimento do ex-ministro Sergio Moro à Polícia Federal tornado público hoje.

    Segundo Bottini, faltariam mais provas e só o inquérito pode trazer. Além disso, para ele, o depoimento do ex-ministro foi “insosso” e não atribui crime, “atribui uma conduta política ao presidente da República”.

    “Eu continuaria a investigação. Acho que existem questões que precisam ser melhor esclarecidas em relação a motivos, formas e contextos de diálogos”, disse. “Então, eu acho que o procurador-geral da República mandou bem ao pedir a oitiva de outros ministros, elementos adicionais para esclarecer esses fatos”.

    Questionado se identificou provas nas declarações de Moro, Bottini disse que “muito pouco”.

    “Na verdade, o ex-ministro Sergio Moro tomou o cuidado para não imputar ao presidente diretamente nenhuma prática de crime e nenhuma tentativa direta de interferência. O que ele diz é que haveria uma interferência política na troca de postos de comando da Polícia Federal, mas toda vez que é indagado sobre os motivos, diz ‘vocês que perguntem ao presidente da República’”, explicou.

    “Então ele joga a bola, joga inclusive um desgaste político para o presidente, mas evita atribuir um crime até porque se fizer isso poderá estar confessando a prática de um crime da parte dele, como prevaricação ou contravenção penal”, afirmou.

     

     

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