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    Eleições 2022

    Denúncias de assédio eleitoral em empresas mais que dobram na comparação com 2018

    Em 2018, número de denúncias ficou em 212 no total; em 2022, já chegam a 447

    Basília Rodriguesda CNN , em Brasília

    Os casos de empregadores acusados de ameaçar e constranger funcionários por causa das eleições aumentaram durante o segundo turno.

    Foram registradas 447 denúncias por assédio eleitoral, de acordo com levantamento divulgado nesta terça-feira (18) pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). Até sexta passada, eram 364 casos. Os dados levam em conta relações trabalhistas em empresas privadas, secretarias e prefeituras públicas.

    Faltam 12 dias para a votação e os episódios cresceram também na comparação com as eleições de 2018, quando houve menos da metade dos casos – 212 no total.

    A maior parte das ocorrências foi registrada na região Sul, com pelo menos 154 casos, seguida pelo Sudeste, Nordeste, Centro-Oeste e Norte.

    O estado de Minas Gerais lidera as denúncias, na sequência aparecem o Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

    “O poder diretivo do empregador é limitado pelos direitos fundamentais da pessoa humana, não podendo tolher o exercício dos direitos de liberdade, de não discriminação, de expressão do pensamento e de exercício livre do direito ao voto secreto, sob pena de se configurar abuso daquele direito, violando o valor social do trabalho, fundamento da República”, afirma o Ministério Público do Trabalho.

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