Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Eleições 2022

    Defesa traça estratégia para estabelecer diálogo com Moraes na presidência do TSE

    Militares de alto escalão apostam que a troca no comando do tribunal deve melhorar relação com a Corte

    Kenzô Machida

    O Ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, confirmou a presença na posse do novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, e tem dito a interlocutores que quer restabelecer o diálogo com o tribunal para reafirmar o pedido de encontro com os técnicos para discutir as propostas das Forças Armadas.

    A CNN apurou com fontes da Defesa que a estratégia é fazer um novo contato e marcar uma conversa com o ministro Alexandre de Moraes. Um novo ofício só seria enviado posteriormente, caso a conversa não avance. A expectativa da pasta é que não será necessário reenviar um documento que já está posto ao TSE principalmente se o diálogo com Moraes avançar.

    Outra sinalização que o ministro Paulo Sérgio deve fazer é que a reunião com os técnicos das Forças Armadas não precisa ser exclusiva, mas o ministro deve propor que seja feita uma discussão ampla sobre as propostas dos militares entre todos os envolvidos no encontro. De acordo com relatos feitos à CNN, a ideia é que essa discussão entre técnicos dure de um a dois dias para que seja feita análise e o debate das propostas.

    A CNN apurou que generais do Alto Comando das Forças Armadas acreditam que a troca na presidência do tribunal pode melhorar a relação dos militares com o TSE. A aposta tem como base a boa relação construída com Moraes, antes de ele se tornar ministro do STF. Moraes foi secretário de Segurança Pública de São Paulo, na gestão do ex-governador Geraldo Alckmin; e ministro da Justiça, no governo do ex-presidente Michel Temer.

    O Ministério da Defesa tem cobrado que propostas enviadas pelas Forças Armadas para as eleições sejam aceitas pelo TSE. O presidente do TSE, Edson Fachin, disse que o assunto permaneceria sendo tratado apenas no âmbito da Comissão de Transparência das Eleições (CTE), também composta por representantes das Forças Armadas.