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    Defesa de Sara Winter diz que inquérito não demonstra crimes

    Sara Winter, líder do movimento conhecido como "300 do Brasil", durante ato a favor do presidente da República, Jair Bolsonaro, em frente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
    Sara Winter, líder do movimento conhecido como "300 do Brasil", durante ato a favor do presidente da República, Jair Bolsonaro, em frente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Foto: Dida Sampaio - 09.jun.2020/Estadão Conteúdo

    Gabriela Coelho, da CNN, em Brasília

    Os advogados de defesa da ativista Sara Fernanda Geromini, conhecida como Sara Winter, afirmaram neste sábado (20) ter recebido cópia do inquérito 4828, que investiga no Supremo Tribunal Federal atos antidemocráticos e que são “469 laudas que demonstram claramente a inexistência de qualquer crime cometido por Sara Winter e demais presos”. 

    O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes prorrogou ontem (19) por mais cinco dias a prisão da ativista. Ela está custodiada no presídio feminino do Distrito Federal. Na segunda-feira (15), Sara foi presa pela Polícia Federal por determinação do ministro e a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) na investigação que apura ataques a instituições, como pedidos de intervenção militar e o fechamento do Congresso e do Supremo. 

    Entretanto, segundo a defesa, não há elementos em manifestação do Ministério Público Federal “que ensejasse qualquer pedido de prisão temporária ou preventiva de Sara Winter, tampouco dos demais presos, todos, integrantes do movimento ‘300 do Brasil’; por atos ligados ao Inquérito 4828”. 

    “A defesa constatou também que nenhum dos mandados de prisão precedeu de registro no sistema do STF de acompanhamento do inquérito. Além disso, os advogados não tiveram  qualquer permissão de acesso aos autos pelo ministro relator, desde o primeiro pedido protocolizado em 15/06/2020, e insistências em ligações, idas e vindas até a sede do STF, restando infrutíferas todas as tentativas”, afirma a defesa em uma nota na qual a CNN teve acesso. 

    Conforme a CNN antecipou esta semana, documentos obtidos mostram que, no dia 4 de junho, a Polícia Federal apresentou ao ministro Alexandre de Moraes um pedido de autonomia para atuar e apontou lacunas nas investigações sobre atos que pedem o fechamento do Congresso Nacional e da corte. 

    Segundo os documentos, a PF afirmou ao ministro que a presença dos dados no inquérito apenas indicam que eles são existentes dentro dos autos, não que são comprovados ou robustos. Além disso, pediu para “postergar” ou cancelar a operação de busca e apreensão contra ativistas suspeitos de envolvimento em atos antidemocráticos.

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