Defesa de Bolsonaro diz ao TSE que é “leviano” associar presidente a atos de violência
Advogados pediram que Corte rejeite ação apresentada por partidos de oposição
A defesa do presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu, nesta quarta-feira (20), que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeite uma ação apresentada por partidos da oposição ao governo contra o presidente.
As legendas argumentam que Bolsonaro tem incitado a violência em seus discursos. A defesa do presidente afirmou, porém, que as falas não têm vinculação eleitoral e, portanto, não deveriam ser analisadas pelo TSE.
O PT, a Rede Sustentabilidade, o PCdoB, o PSB, o PV, o Psol e o Solidariedade disseram que as falas de Bolsonaro seriam estímulos para que seus apoiadores cometam atos de violência contra adversários políticos.
Os advogados de Bolsonaro afirmam que é “leviano e irresponsável acusar o presidente da República de ter, com seus discursos, gerado os atos de violência apontados, em especial o homicídio de Marcelo Aloizio de Arruda em Foz do Iguaçu/PR, recentemente ocorrido”.
A manifestação ocorreu após decisão do ministro Alexandre de Moraes, vice-presidente do TSE que está atuando no plantão do Tribunal.
Para a defesa do presidente, a ação visa “exclusivamente tumultuar o processo eleitoral e criar subterfúgios argumentativos retóricos de campanha”.
“Não é papel dos atores políticos, de pré-candidatos ou de partidos políticos inflar esse Tribunal Superior Eleitoral com ações absolutamente improcedentes, que visam exclusivamente tumultuar o processo eleitoral e criar subterfúgios argumentativos retóricos de campanha”, argumenta a defesa.
Os advogados disseram que a representação da oposição trata-se de “uma manifestação política de desprezo ao representado [Bolsonaro], com nítido intuito eleitoreiro”.
Debate
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