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    Defesa de Bolsonaro alega que não teve acesso total à investigação e ex-presidente fica em silêncio

    Advogados usaram a mesma justificativa para, por 3 vezes, pedir adiamento do interrogatório; todos os pedidos foram negados por Moraes

    João Rosada CNN , Brasília

    A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que ele ficou em silêncio durante o depoimento realizado pela Polícia Federal (PF) porque não teve acesso integral aos elementos da investigação.

    Bolsonaro foi convocado a prestar depoimento nesta quinta-feira no âmbito da investigação que apura suposta tentativa de golpe de Estado.

    “Até que se tenha o legítimo e amplo acesso à investigação, o presidente Bolsonaro não prestará qualquer declaração, não abdicando de fazê-lo tão logo lhe seja garantido o referido acesso”, afirmou a defesa.

    A defesa do ex-presidente afirmou que há elementos mantidos ocultos como, por exemplo, os termos de declarações da delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

    Os advogados também argumentaram que não tiveram acesso integral as provas que teriam sido extraídas de celulares e computadores apreendidos.

    Durante a semana, a defesa do ex-presidente tentou, por três vezes, adiar o depoimento com a justificativa de que não teria acesso a todas as informações sobre a investigação. Os três pedidos foram negados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

    Nas decisões de Moraes, ele afirmou que deu acesso “a todas as diligências efetivadas e provas” da investigação.

    “[A defesa] insiste nos mesmos argumentos já rejeitados em decisão anterior, onde ficou absolutamente claro que o investigado teve acesso integral à todas as diligências efetivadas e provas juntadas aos autos e que não há motivos para qualquer adiamento do depoimento marcado pela Polícia Federal para o dia 22 de fevereiro próximo”, argumentou Moraes em uma das decisões.

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