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    Defensoria usa “precedente Anderson Torres” para pedir liberdade de 115 presos do 8 de janeiro

    Nesta semana, o STF finalizou mais uma leva de análise de denúncias, e 1.176 pessoas se tornaram réus

    Leandro Resende

    A Defensoria Pública da União (DPU) mencionou a soltura e o estado de saúde do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres em um pedido de liberdade para 115 réus presos por envolvimento nos atos criminosos de 8 de janeiro em Brasília.

    A peça foi apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta semana e considera, entre outros fatores, que os mais de quatro meses de prisão já foram suficientes para que as investigações avançassem, por exemplo, sobre o financiamento dos atos golpistas sem que os presos pudessem prejudicar as apurações.

    “Os acampamentos foram desfeitos, os responsáveis identificados e detidos, além, inclusive, da própria denúncia já ter sido recebida por essa Corte”, aponta a DPU.

    A Defensoria lembra também que Anderson Torres, solto no dia 11 deste mês, ficou quase quatro meses preso “em razão da sua omissão nos atos de 8 de janeiro” e sublinha que a defesa do ex-ministro apontou, no pedido de revogação da prisão preventiva, que “havia ocorrido uma piora significativa do estado geral do paciente”, com “perda de peso”, “crise de ansiedade, choro e nervosismo”.

    Diante disso, a DPU questiona o STF se a “saúde de uma figura política é diferente de uma pessoa do povo”. “Será que os pais e mães de família ainda detidos não tiveram abalada sua saúde? Não perderam peso? Não tiveram crises de ansiedade?”, pergunta.

    Nesta semana, o STF finalizou mais uma leva de análise de denúncias, e 1.176 pessoas se tornaram réus. Ao todo, foram 1.300 denunciados. Uma nova leva de casos começará a ser analisada na próxima sexta-feira (02).

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