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    Decisão de investigar Transparência Internacional é coerente e corajosa, diz coordenador do Prerrogativas

    Marco Aurélio de Carvalho disse que procuradores da Operação Lava Jato foram assessorados pela Transparência Internacional; ONG nega acusações

    O advogado e coordenador do grupo Prerrogativas, Marco Aurélio de Carvalho, afirmou à CNN nesta terça-feira (6) que a decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), de investigar a atuação da Transparência Internacional é “coerente” e “corajosa”.

    “É uma decisão absolutamente coerente, corajosa, que merece evidentemente o reconhecimento e o aplauso da comunidade jurídica. O que causa surpresa é a reação a essa decisão”, disse o advogado.

    Conforme Dias Toffoli determinou, será investigado “eventual apropriação indevida de recursos públicos” pela organização e “seus respectivos responsáveis”. A ONG teve atuação próxima com procuradores da operação Lava Jato.

    “Essa organização atuou assessorando os procuradores da Operação Lava Jato. Eles precisam explicar ao país porque agiram dessa forma. Eles atuaram ao lado de uma operação criminosa, que tinha um alvo principal”, declarou Marco Aurélio.

    Na decisão, Toffoli manda a Procuradoria-Geral da República (PGR) encaminhar documentos e cópias de procedimentos internos sobre o cumprimento de tratativas internacionais pela Lava Jato e sobre o acompanhamento de acordos de leniência.

    “Os únicos responsáveis são os agentes do Estado que instrumentalizaram o nosso sistema de Justiça a serviço de interesses políticos e eleitorais. O grande responsável é esse senador – Sergio Moro – e os ‘meninos dourados de Curitiba’, os procuradores da Lava Jato”, acrescentou.

    Procurado pela CNN, por meio de sua assessoria, o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) afirmou que “o advogado em questão sempre defendeu a impunidade de corruptos e poderosos, então suas ofensas descabidas não surpreendem”.

    Outro lado

    O diretor-executivo da Transparência Internacional, Bruno Brandão, negou à CNN as acusações feita contra a Organização Não Governamental (ONG) e as classificou como “fake news“.

    “Se houver uma investigação justa, imparcial, não contaminada por interesses políticos e interesses econômicos, que é o que nós esperamos e confiamos da Justiça brasileira, esse é o melhor caminho para acabar com essa fake news, porque há cinco anos nós somos vítimas dessa reiteração, dessa mentira”, disse Brandão.

    “Nós já trouxemos as informações, elas estão públicas e sempre à disposição de qualquer autoridade. Esperamos que isso dê fim a essa fake news“, concluiu o diretor-executivo da Transparência Internacional.

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