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    Daniel Silveira diz à PF que cachorro roeu carregador de tornozeleira eletrônica

    Deputado federal justificou falhas no monitoramento eletrônico; ele foi preso por violar 36 vezes regras de uso de tornozeleira eletrônica

    Gabriela Coelho e Gregory Prudenciano, da CNN, em Brasília e em São Paulo

    O deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) teve de justificar à Polícia Federal as 36 vezes em que violou as regras do uso de tornozeleira eletrônica. As declarações do político foram remetidas nesta sexta-feira (16) ao Supremo Tribunal Federal (STF), e entre as justificativas está um suposto dano ao carregador da tornozeleira causado por seu cachorro, que teria roído o aparelho. 

    No dia 24 de junho, Silveira foi preso por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, justamente por violar o uso da tornozeleira eletrônica e por não ter pago uma fiança de R$ 100 mil. O deputado é investigado na Corte por ter feito um vídeo com ameaças aos integrantes do Supremo. Ele foi preso pela primeira vez em 16 de fevereiro, por decisão de Alexandre de Moraes.

    Além de afirmar que seu cachorro roeu o carregador da tornozeleira, Daniel Silveira deu outras explicações à PF: 

    • Que houve quedas de energia na região onde mora, no Rio de Janeiro, dificultando a recarga da tornozeleira;
    • Que muitas das 22 vezes em que a tornozeleira ficou sem bateria ele estava dormindo, em razão do uso de anti-inflamatório;
    • Que se esqueceu de recarregar a bateria por estar participando de sessões na Câmara dos Deputados

    A Polícia Federal informou ao STF que vai realizar perícias para verificar as condições da cinta da tornozeleira eletrônica e que vai consultar a companhia de energia elétrica do Rio de Janeiro para saber se houve de fato falhas constantes no fornecimento de energia elétrica na região onde mora o deputado.

    Quando foi preso pela última vez, em 24 de junho, o deputado também alegou que houve episódios em que a cinta da tornozeleira se rompeu durante seus treinos de muay thai. 

    Na ocasião, a defesa do deputado afirmou que Silveira é “um preso político” e defendeu que “já passou da hora de ser tratado nos organismos internacionais de defesa aos direitos humanos”. 

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