Criticado, Luis Miranda diz que Roberto Dias tenta desconstruir denúncia
Deputado federal negou que tenha pedido ao ex-diretor do Ministério da Saúde a transferência de seu irmão, Ricardo Miranda
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Criticado pelo depoente Roberto Dias, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) afirmou à CNN que o ex-diretor do Ministério da Saúde tem tentado desconstruí-lo para não tratar sobre eventuais irregularidades em contratos de compra de vacinas.
Em depoimento nesta quarta-feira (7), Roberto Dias disse que negou pedido de cargo para o irmão do deputado federal, o servidor Luis Ricardo Miranda, questionou se teria atrapalhado “algum negócio” do parlamentar no Ministério da Saúde e afirmou que o currículo dele é “controverso”.
“Não fala sobre o fato. O fato de a empresa [Madison Biotech] estar em paraíso fiscal e não estar em contrato”, disse o deputado federal. “Então, é criar narrativa, né? Como o meu irmão, que é chefe do setor desde 2016, poderia querer outro cargo? Será que ele pediu o cargo de ministro? O que eu me recordo é que o meu irmão queria sair do departamento pela quantidade de corrupção que esse departamento tem. Ele estava disposto a perder o cargo de chefia para se livrar de pessoas como Roberto Dias”, acrescentou.
A Madison Biotech entrou no alvo da CPI da Pandemia pelo fato de a Precisa Medicamentos tê-la usado para tentar receber uma antecipação de US$ 45 milhões pela compra de 20 milhões de doses da Covaxin.
O negócio é objeto de apuração pelo preço da vacina, a mais cara adquirida pelo governo federal, e pela celeridade das negociações.
Para Luis Miranda, Roberto Dias tem tentado “desconstruir a testemunha, fazer ter dúvida, para que a ‘base bolsonarista’ faça um recorte para as redes sociais”.
O deputado federal compartilhou com a CNN cópias de mensagens trocadas com Roberto Dias. Ele diz que fez um único pedido a Dias, para que fossem enviadas 500 unidades de respiradores para o Distrito Federal.
Dias foi exonerado na última quarta-feira (30) após suspeitas de pedido de propina na contratação de compra de doses da vacina da AstraZeneca pelo governo federal. Roberto Dias nega as acusações feitas pelo vendedor e policial militar Luiz Paulo Dominghetti.
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