Crescimento de Lula se deve ao Nordeste e não a voto útil, diz CEO da Quaest
Ex-presidente oscilou dois pontos percentuais para cima em relação ao levantamento anterior, dentro da margem de erro
Segundo o cientista político e CEO da Quaest, Felipe Nunes, oscilação positiva de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas últimas duas pesquisas do instituto se deve ao crescimento do candidato entre os nordestinos, e não ao voto útil.
Na pesquisa divulgada na semana passada, em 21 de setembro, Lula tinha 44% e Jair Bolsonaro (PL), 34%. No levantamento deste semana, divulgado nesta quarta (28), o petista aparece com 46% e o atual presidente, com 33%.A oscilação de Lula de dois pontos percentuais para mais está no limite da margem de erro, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Para Felipe Nunes, a interpretação de que o petista tem crescido nas pesquisas como resultado da campanha do PT pelo chamado “voto útil” – que tenta angariar os votos de Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) – é equivocada.
“A diferença da semana passada para essa não diz respeito a movimentação de voto útil, isso é um equívoco fazer essa interpretação”, disse o cientista político em entrevista ao CNN 360.
“O que aconteceu foi uma ampliação de Lula no Nordeste entre os mais pobres e entre os homens, o que deu a ele uma vantagem sobre Bolsonaro”, acrescentou.
Nunes destaca que o movimento de “voto útil” costuma acontecer somente no dia da eleição. Por conta disso, ele ressalta que o desempenho de Ciro e Tebet no debate da TV Globo que acontece nesta quinta (29) deve ser determinante.
“Se a Simone e o Ciro forem muito bem no debate, muito provavelmente eles vão dificultar o que a gente chama de voto útil, que é o movimento que acontece nos últimos dias da campanha. O Lula tem que ficar de olho nisso se quiser viabilizar a vitória no primeiro turno”, finalizou o especialista.
Galeria — As fotos dos candidatos a presidente que serão exibidas nas urnas
- 1 de 11
O candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) • Divulgação/TSE
- 2 de 11
O candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PL)
- 3 de 11
O candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT)
-
- 4 de 11
A candidata à Presidência Simone Tebet (MDB)
- 5 de 11
O candidato à Presidência José Maria Eymael (DC) • Divulgação/TSE
- 6 de 11
O candidato à Presidência Felipe D’Avila (Novo)
-
- 7 de 11
O candidato à Presidência Leonardo Péricles (UP)
- 8 de 11
A candidata à Presidência Sofia Manzano (PCB)
- 9 de 11
A candidata à Presidência Soraya Thronicke (União)
-
- 10 de 11
A candidata à Presidência Vera Lucia (PSTU)
- 11 de 11
O candidato à Presidência Padre Kelmon (PTB) • Divulgação/TSE