CPMI do 8/1: Relatora diz à CNN que vai pedir quebra de sigilo de militar apontado por hacker
Empresa de coronel da reserva teve contratos com governo Bolsonaro apontam documentos reunidos pela comissão
A relatora da CPMI do 8 de janeiro, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), disse à CNN que vai tentar colocar em votação a quebra do sigilo bancário e telefônico do coronel da reserva Marcelo Gonçalves de Jesus.
Jesus foi citado pelo hacker Walter Delgatti Neto como seu interlocutor no ministério da Defesa e uma espécie de “ponte” de contato com o então comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes.
Vídeo: Bolsonaro pediu para eu assumir autoria de grampo contra Moraes, diz hacker
Segundo dados reunidos pela CPMI, Jesus é sócio de uma empresa de Goiânia que venceu contratos com o governo federal de mais de R$ 5 milhões entre 2020 e 2023 na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Dentre os órgãos contratantes constam Forças Armadas, Codevasf, Presidência da República e Polícia Rodoviária Federal. A empresa fornecia suprimentos, materiais médicos, veículos, educativos, entre outros.
À CNN, o coronel Marcelo Gonçalves de Jesus disse que as afirmações feitas por Delgatti são mentirosas. E que não se recorda de ter estado com ele em algum momento.
O militar contou ainda que está na reserva desde 2020, que nunca teve contato com o comando do Exército, e que hoje se dedica a administrar uma empresa em Goiânia.
O Exército também informou que o militar estava na reserva desde janeiro de 2020