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    CPMI desmarca depoimento de Braga Netto e ouvirá assessor de Bolsonaro

    Osmar Crivelatti é investigado no caso da suposta venda ilegal de presentes e joias recebidas pelo governo

    Osmar Crivelatti é o atual assessor de Bolsonaro, que atuou como ajudante de ordens da Presidência no governo passado, junto com Mauro Cid
    Osmar Crivelatti é o atual assessor de Bolsonaro, que atuou como ajudante de ordens da Presidência no governo passado, junto com Mauro Cid Forças Armadas

    Luciana AmaralLucas Mendesda CNN

    Brasília

    A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro desmarcou o depoimento de Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil de Jair Bolsonaro (PL). A oitiva estava agendada para terça-feira (19). A previsão, agora, é que Braga Netto seja ouvido no dia 5 de outubro.

    A CNN apurou que a oitiva será adiada para que o depoimento do general da reserva do Exército possa ser mais bem aproveitado. Até o momento, não há uma justificativa oficial para a mudança no depoimento.

    Agora, os congressistas devem ouvir na ocasião o tenente Osmar Crivelatti, atual assessor de Bolsonaro, que atuou como ajudante de ordens da Presidência no governo passado, junto com Mauro Cid.

    Crivelatti é investigado no caso da suposta venda ilegal de presentes e joias recebidas pelo governo Bolsonaro. Investigações da Polícia Federal (PF) indicam que ele teria assinado a retirada do relógio Rolex cravejado de diamantes do acervo onde o objeto estava guardado.

     

    Convocação

    A aprovação da convocação de Braga Netto foi considerada uma vitória da base aliada do governo do presidente Luiz Inácio Lula as Silva (PT) na comissão. A convocação do general havia sido aprovada pelo colegiado antes mesmo da operação da PF contra o general, deflagrada na última terça-feira (12).

    Na ocasião, ele teve o sigilo telefônico quebrado pela investigação.

    Braga Netto é suspeito de participar de um esquema que fraudou licitação para a compra de coletes balísticos na intervenção no Rio de Janeiro, em 2018. Na CPMI, o militar deveria ser questionado sobre as ações do governo Bolsonaro que podem ter influenciado os ataques criminosos contra os Três Poderes.

    Sobre os desdobramentos do caso sobre a venda de presentes recebidos pelo governo anterior, a base governista quer saber se o dinheiro obtido com o suposto esquema teria ajudado a financiar os os ataques de 8 de janeiro.

    Os trabalhos da CPMI estão chegando ao fim. A mesa diretora descartou a possibilidade de prorrogar as atividades do colegiado, que devem ir até o dia 17 de outubro.

    Nesta próxima semana, os congressistas pretendem ouvir o subtenente da Polícia Militar do Distrito Federal Beroaldo José de Freitas Júnior, agredido durante as invasões às sedes dos Três Poderes.

    Veja também: Entenda a venda ilegal de joias da Presidência