CPI vai investigar demora em contrato do Butantan com Ministério da Saúde
A investigação será focada na possível interferência do Planalto em postergar o negócio
Um dos fatos a serem investigados pela CPI da Covid-19 no Senado e tido como de grande importância é a demora na assinatura do contrato entre o Instituto Butantan e o Ministério da Saúde para a compra dos primeiros 46 milhões de doses da coronavac. A investigação será focada na possível interferência do Planalto em postergar o negócio.
Em outubro do ano passado, o Ministério da Saúde firmou um protocolo de intenção para a possível compra de 46 milhões de doses da coronavac. O anúncio foi feito pelo então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, a governadores durante reunião. Um dia depois, o presidente Jair Bolsonaro informou que o governo não compraria a “vacina chinesa de João Doria”.
O contrato, de fato, foi assinado em 7 de janeiro deste ano, um dia depois de o governo editar uma medida provisória autorizando a compra de vacinas antes que elas fossem registradas pela Anvisa.
A assinatura veio, ainda, no mesmo dia em que o Instituto Butantan anunciou que a coronavac teve eficácia de 78% em testes realizados no Brasil. À época, o governador de São Paulo, João Doria, já havia marcado a data de 25 de janeiro para o início da imunização.