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    Senador diz que não apresentará sugestão de indiciamento em versão governista de relatório

    Apresentação do texto do relatório final da comissão, elaborado pelo relator Renan Calheiros (MDB-AL), está marcada para esta quarta-feira (20)

    Basília RodriguesRafaela Larada CNN , em Brasília e São Paulo

    O senador Marcos Rogério (DEM-RO), membro da ala governista da CPI da Pandemia, afirmou em entrevista à CNN nesta segunda-feira (18) que um relatório independente da comissão, que deverá ser apresentado por ele, não pedirá indiciamentos, mas fará recomendações a diversos órgãos.

    Segundo ele, não haverá pedido de indiciamento pois não houve aprofundamento de investigações em áreas importantes após o “cerceamento” dos trabalhos. A apresentação do texto do relatório final da comissão, elaborado pelo relator Renan Calheiros (MDB-AL), está marcada para esta quarta-feira (20).

    “Não vou apresentar o voto como um todo porque como o relator não apresentou o voto dele, então há pontos que posso modificar no meu relatório. Não apresento sugestão de indiciamento porque, no que entendo que caberia o indiciamento, houve o cerceamento do nosso trabalho. Aquelas ações da PF em inquéritos sigilosos, eu não tive acesso e nenhum senador governista [teve]”, disse.

    O parlamentar não adiantou quais recomendações fará a partir da leitura de seu relatório, mas afirmou que seria irresponsável se indiciasse algum agente político sem o devido aprofundamento das investigações.

    “Não vou sugerir indiciamento de agente politico sem que eu tenha aprofundado esta investigação, eu seria irresponsável, mas posso recomendar ao MPF, a PGR e a PF a adoção de algumas medidas e isso eu estou fazendo no meu relatório”, disse.

    Na avaliação de Rogério, a CPI não cumpriu com sua função e promoveu “enfrentamento político” ao longo das sessões. “Tudo o que essa CPI não fez foi investigar. Ela nasceu para investigar os feitos e mal feitos no combate a pandemia. Ela se furtou a investigar e fez enfrentamento político, e promoveu uma guerra entre médicos”, disse Rogério.

    “O relator já adiou [a leitura do relatório final] pela segunda vez. Tão logo ele apresente o seu, na sequência haverá os votos em separado. Não sei se será na mesma sessão. Talvez seja mais prudente ter pedido de vista coletivo e, na sessão seguinte, ter a apresentação dos votos.”

    Também em entrevista à CNN nesta segunda, o relator Renan Calheiros (MDB-AL) afirmou que manterá 11 crimes contra Jair Bolsonaro (sem partido) no relatório oficial da comissão. Renan negou que a CPI buscou desgastar Bolsonaro.

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