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    CPI investigaria política de preços e lucros exorbitantes da Petrobras, diz Ricardo Barros

    Em entrevista à CNN, líder do governo na Câmara dos Deputados disse que orientação de Bolsonaro é clara, mas indicados à presidência da estatal não cumprem

    Léo LopesLudmila Candalda CNN , em São Paulo

    Deputados bolsonaristas devem pedir nesta segunda-feira (20) a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a gestão da Petrobras, segundo o presidente Jair Bolsonaro (PL).

    Em entrevista à CNN nesta segunda (20), o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR) disse que uma CPI da Petrobras teria o objetivo de “avaliar o preço dos combustíveis e as razões de estarem tão altos”.

    Entre os possíveis focos de investigação comentados pelo líder do governo na Câmara dos Deputados estão a política de preços da estatal, o chamado Preço de Paridade Internacional (PPI), e os “lucros muito altos da empresa” – que foi de R$ 44,5 bilhões no primeiro trimestre deste ano.

    Ricardo Barros explicou que haverá, ainda nesta segunda, uma reunião de líderes da base do governo com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), na qual serão debatidas as motivações de um eventual requerimento de CPI, e como ela seria conduzida.

    “Mas é uma decisão a ser tomada. Então vamos aguardar que os líderes tenham todas as informações que estão sendo levantadas para podermos tomar uma decisão”, afirmou.

    O deputado argumentou que a Petrobras tem, em sua fundação, “um caráter social de modicidade de preços, preços sustentáveis”.

    “A empresa precisa se voltar para seus fundamentos. Existe o modelo de governança que foi estabelecido, que visa o lucro e remunera muito bem os diretores. Haverá a necessidade de um reenquadramento e reposicionamento da empresa olhando para seus fundamentos”, disse Ricardo Barros.

    “Se a Petrobras não tem interesse em cumprir seu papel social, não tem interesse de ser do governo. Poderá ser privatizada. Enquanto for do governo, ela precisa cumprir o seu papel social”, acrescentou.

    “Bolsonaro orienta, mas indicado não cumpre”

    Com a renúncia de José Mauro Coelho nesta segunda (20), Bolsonaro deverá indicar o quarto presidente para a Petrobras durante o seu mandato.

    Ricardo Barros afirma que “a orientação do presidente Bolsonaro está muito clara”. “O que ele precisa é de pessoas que cumpram a sua orientação”, disse.

    Para o líder do governo, o presidente sempre faz apelos públicos para que não haja aumentos nos preços dos combustíveis, mas os indicados não cumprem.

    “Nós esperamos que os indicados que ingressaram agora atendam a orientação do presidente”, afirmou.

    “Esperamos que este Conselho e esta diretoria que vão assumir pensem em ter lucros razoáveis e apliquem essa diferença dos lucros exorbitantes em sua função social”, completou.

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