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    CPI do MST: governistas preparam relatório alternativo em contraponto a ex-ministro de Bolsonaro

    Texto deve legitimar o MST, mas sem exaltá-lo muito, apurou a CNN

    Luciana AmaralMarcos Amorozoda CNN

    Brasília

    Deputados federais aliados ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) preparam um relatório alternativo na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a atuação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

    A intenção é fazer um contraponto ao documento a ser apresentado pelo relator do colegiado, o deputado federal Ricardo Salles (PL-SP), que foi ministro do Meio Ambiente na gestão Jair Bolsonaro (PL).

    O texto da base aliada é coordenado pelo deputado Nilto Tatto (PT-SP). Ele afirmou à CNN que, desde o início da comissão, os governistas se preparam para elaborar um relatório alternativo, pois, na visão dele, o colegiado foi criado com o objetivo de criticar o MST e criminalizar a luta pela reforma agrária.

    Legitimar sem exaltar

    Tatto disse que quer aproveitar o espaço da CPI para “discutir uma agenda positiva para a reforma agrária e para o apoio à agricultura familiar”. Ou seja, adotar uma linha de defender a necessidade de reforma agrária num país com concentração de terras como o Brasil, na avaliação de parlamentares envolvidos com o assunto.

    A reportagem apurou ainda que deve ser um texto que legitime o MST, mas sem exaltá-lo muito. Também deve mais verbas para o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar.

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    Votação do relatório

    A apresentação concreta do documento alternativo deve depender do texto a ser entregue por Salles. De todo modo, a base aliada pensa em derrotar em votação o relatório do ex-ministro de Bolsonaro.

    À reportagem, Salles já falou querer mostrar “manipulações políticas” e “interesses econômicos” do MST, além da relação do movimento com apoiadores do governo Lula, no relatório que prepara na CPI.

    Ele diz que a gestão petista tem sido “condescendente” com invasões do grupo embora haja críticas à atuação do MST por alguns integrantes do Executivo. O deputado, inclusive, pensa em citar essas “contradições”.

    A CPI do MST deve ser encerrada até 14 de setembro.

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