Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    CPI deve fazer encontro reservado com funcionário sobre suposta propina na Saúde

    Citado no depoimento dos irmãos Miranda, Rodrigo de Lima deve se reunir com o vice-presidente da comissão de inquérito, Randolfe Rodrigues (Rede-AP)

    Gustavo Uribeda CNN

    A CPI da Pandemia deve promover um encontro reservado com um funcionário do Ministério da Saúde que teria informações sobre um suposto esquema de propina para a compra de vacinas contra o coronavírus. Em depoimento na sexta-feira (25), o servidor Luiz Ricardo Miranda, irmão do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), relatou que um colaborador da pasta, chamado Rodrigo, havia lhe informado que gestores estavam pedindo propina.

    O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) informou à CNN que se trata de Rodrigo de Lima. O tucano, que tem contato com o funcionário público, tem mediado um encontro reservado dele com o vice-presidente da CPI da Pandemia, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), nesta segunda-feira (28). “Eu pedi que ele fizesse um relato completo das informações que detém e que trouxesse documentos sobre o assunto”, disse Izalci Lucas.

    Nesta terça-feira (29), a CPI da Pandemia deve votar requerimentos de convocação tanto da servidora do Ministério da Saúde Regina Célia Silva Oliveira como do deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara dos Deputados. Os dois foram citados pelos irmãos Miranda como envolvidos em supostas irregularidades na compra de doses da vacina da Covaxin. A ideia do G7, grupo de senadores independentes e de oposição, é marcar o depoimento de Regina Célia para a próxima sexta-feira (2).

    Já o depoimento de Ricardo Barros deve ficar para a próxima semana. As notas fiscais em nome da empresa Madison Biotech, com sede em Cingapura e que integra o grupo da farmacêutica que produz a vacina na Índia, previa a entrega três milhões de doses do imunizante, número divergente do contrato, que estimava 20 milhões de doses em cinco entregas de quatro milhões.

    Regina Célia chegou ao Ministério da Saúde em 2017, nomeada por Barros no período em que ele era ministro do ex-presidente Michel Temer. A informação consta no “Diário Oficial da União. Barros, no entanto, nega qualquer indicação política. Pelas redes sociais, após as acusações dos irmãos Miranda, o deputado federal publicou que “não é verdade que eu tenha indicado a servidora Regina Célia como informou o senador Randolfe. Não tenho relação com esses fatos”. A CNN procurou Regina Célia Silva Oliveira, mas até o momento não obteve retorno. Rodrigo de Lima, funcionário do Ministério da Saúde, não foi localizado pela reportagem.

    Tópicos