CPI das Bets: senadora quer depoimento de Gusttavo Lima e Deolane
Senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) espera ficar com a relatoria da CPI criada nesta terça; influenciadora e cantor são investigados em inquérito que apura crimes de lavagem de dinheiro e prática de jogos ilegais
A influenciadora digital Deolane Bezerra e o cantor Gusttavo Lima estão na mira da recém-criada Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets no Senado.
Ambos estão entre os nomes que devem ser alvo de requerimentos apresentados pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), autora da CPI.
O colegiado foi criado nesta terça-feira (8) mas aguarda a indicação de membros para ser instalada.
Soraya colheu assinaturas de outros 31 congressistas para protocolar a CPI.
Conforme a CNN apurou, a senadora busca a relatoria do colegiado. Para a presidência, estão cotados os nomes de Eduardo Gomes (PL-TO) e Dr. Hiran (PP-RR).
A CPI terá duração de 130 dias. A partir de agora, os líderes partidários devem indicar os membros para que a comissão seja instalada. Serão 11 titulares e sete suplentes.
O colegiado também deve ter um presidente e um relator designados. Segundo o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a comissão terá limite de despesas de até R$ 110 mil.
A advogada, empresária e influenciadora Deolane Bezerra, que ficou presa por 19 dias no mês de setembro, é alvo de investigação sobre crimes de lavagem de dinheiro e prática de jogos ilegais.
A convocação de Deolane foi aprovada em outra CPI do Senado nesta terça. O colegiado trata sobre manipulação de resultados de jogos de futebol e do envolvimento de empresas de apostas online nesses esquemas.
O cantor Gusttavo Lima também é investigado na mesma operação que motivou a prisão de Deolane. Ele recebeu um mandado de prisão preventiva da Justiça de Pernambuco em 23 de setembro — que foi revogado no dia seguinte, junto com a suspensão da apreensão do passaporte e do certificado de registro de arma de fogo, bem como de eventual porte de arma de fogo do artista.
Nivaldo Batista Lima, nome de batismo do músico, é suspeito de estar envolvido com uma organização criminosa que teria movimentado aproximadamente R$ 3 bilhões provenientes de atividades ilícitas.