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    CPI convoca diretor-presidente da ANS para falar sobre Prevent Senior

    Paulo Roberto Vanderlei Rebello Filho deverá depor na próxima quinta-feira, 7 de outubro, segundo cronograma da comissão

    Senadores reunidos na sala da CPI da Pandemia
    Senadores reunidos na sala da CPI da Pandemia Pedro França/Agência Senado

    Por Ricardo Brito, da Reuters

    A CPI da Pandemia do Senado aprovou nesta quinta-feira (30) um pedido de convocação do diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Paulo Roberto Vanderlei Rebello Filho, para explicar as medidas adotadas pelo órgão em relação às suspeitas de irregularidades que teriam sido cometidas pela operadora de planos de Saúde Prevent Senior.

    O diretor da ANS deverá depor na próxima quinta-feira, 7 de outubro, segundo cronograma previsto dos trabalhos da comissão.

    A ANS autuou na quarta-feira (29) a Prevent Senior por “deixar de comunicar aos beneficiários as informações estabelecidas em lei ou pela ANS”, e informou que a operadora continua sob investigação.

    A Prevent Senior é acusada por médicos que lá trabalharam e por pacientes de adotar medidas que incluíam, entre outras, colocar pacientes com mais de 15 dias de UTI em “cuidados paliativos” — feitos em casos terminais — mesmo que não houvesse certeza de não recuperação, alterar atestados de óbito para esconder mortes por Covid-19 e iniciar um “estudo” com o “kit Covid” para demonstrar sua suposta eficácia.

    De acordo com depoimento à CPI da advogada Bruna Morato, que representa ex-médicos da Prevent, o estudo foi iniciado por incentivo do chamado “gabinete paralelo”, um grupo de médicos que aconselhavam o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A intenção seria provar que era possível tratar previamente os doentes e evitar lockdowns no país.

    Já foi comprovado cientificamente, porém, que os medicamentos usados no chamado “kit Covid” não tem nenhuma eficácia contra a Covid-19.

    Nesta quinta-feira (30), manifestantes do Levante Popular da Juventude protestaram em frente à entrada de um hospital da Prevent Senior em São Paulo, lançando tinta vermelha e acusando o presidente Jair Bolsonaro de ser “genocida”.