CPI avalia convocar Wajngarten, Pfizer e Guedes na próxima semana
Senadores da base governista afirmam que antes de votar os requerimentos, haverá uma reunião interna para o fechamento da lista de consenso
O vice-presidente da CPI da Pandemia, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que a comissão vai analisar nesta quarta-feira novos nomes que podem ter depoimento marcado para semana que vem. Entre os requerimentos, de acordo com o parlamentar, estão o ex-secretário de comunicação, Fábio Wajngarten, que acusou a gestão do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello de incompetente, e também os presidentes dos laboratórios que produzem vacinas, AstraZeneca (Oxford), Instituto Butantan, Pfizer e os responsáveis pela Sputnik V. Integrantes da comissão ouvidos pela CNN contaram que irão defender a discussão do requerimento para convocar o ministro da Economia, Paulo Guedes.
“É importante nós termos pautado os depoimentos da semana que vem para dar sequência à investigação”, afirmou Randolfe.
O depoimento de Guedes não é consenso entre os membros da CPI. Senadores da base governista afirmam que antes de votar os requerimentos, haverá uma reunião interna para o fechamento da lista de consenso.
Uma hora antes do início dos trabalhos na CPI, senadores governistas estiveram reunidos com o ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, no Palácio do Planalto para falar dos próximos rumos da comissão, como o líder Fernando Bezerra e o senador, Jorginho Mello.
A avaliação é de que a base do governo continua desarticulada, apesar de a CPI já estar em sua segunda semana. Exemplo disso, como tem sido apontado por lideranças, foi a notícia de que o ex-ministro Pazuello deixaria de prestar depoimento, por orientação médica. Auxiliares da Casa Civil dizem que o governo não foi consultado sobre desmarcar o depoimento de Pazuello. A leitura política da oposição é a de que o ex-ministro passou o atestado de que não estava preparado para depor.