Covid de Queiroga põe em xeque solenidades dos mil dias do governo
Se o presidente Jair Bolsonaro testar positivo, a semana de eventos será adiada; se testar negativo, ele e seus ministros passarão a semana em viagens pelo país inaugurando obras
Planejados há três meses pelo Palácio do Planalto, os eventos para celebrar os mil dias de governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que começam na próxima segunda-feira (27), já estão prontos para ocorrer. Mas agora dependem de um teste de Covid-19 que o presidente deverá fazer no Palácio da Alvorada neste domingo (26) de manhã.
O teste será realizado em razão de ele ter estado com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, nos últimos dias. Se Bolsonaro testar positivo, a semana de eventos será adiada. Se testar negativo, ele e seus ministros passarão a semana em viagens pelo país inaugurando obras.
Pelo planejamento elaborado pelos ministros da Casa Civil, Ciro Nogueira, e das Comunicações, Fabio Faria, a ideia é regionalizar as entregas e fazer com que o governo esteja em um período de uma semana em todos os estados do país.
Solenidades
Assim, a primeira solenidade dos mil dias de governo está prevista para ocorrer na segunda-feira no Palácio do Planalto. Nos dias seguintes, a ideia é que o presidente vá a todas as regiões do país.
Ele ficará presencialmente em um estado da região e os outros ministros nos outros estados da região também entregando obras e, à certa altura, o presidente entra na solenidade em todos os estados simultaneamente.
O calendário prevê que isso ocorra na terça-feira (28) no Nordeste, com o presidente na Bahia; na quarta-feira (29) no Norte, com local do presidente ainda indefinido; na quinta-feira (30) no Sudeste, com o presidente provavelmente em Belo Horizonte; e na sexta-feira (1º) no Centro-Oeste e Sul, com Bolsonaro em Brasília e em Maringá, no Paraná.
O evento ocorre em um momento em que o governo enfrenta os piores indicadores de popularidade, segundo até mesmo pesquisas encomendadas por aliados que chegam ao Planalto.
O formato escolhido também acaba por beneficiar os ministros, tendo em vista que muitos deles deverão ser candidatos em seus estados em 2022.