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    “Covardia o que fizeram com Moro”, diz Bolsonaro sobre busca e apreensão

    Presidente afirmou nesta terça-feira (6) que ex-juiz “tinha tudo para agora ser meu vice”, mas que “algo subiu à cabeça” dele

    Carolina FigueiredoLéo LopesGabriela Bernardesda CNN

    em São Paulo e Brasília

    O presidente Jair Bolsonaro (PL) chamou nesta terça-feira (6) de “covardia o que fizeram com Moro” a ação de busca e apreensão na casa do ex-juiz cumprida pela Justiça Eleitoral no sábado (3).

    “Vocês viram agora uma agressão em cima do Moro. Eu não tenho nada para defender o Moro. Tenho péssimas recordações, dele enquanto foi ministro meu aqui, que poderia ter feito muita coisa e não fez. Mas esse fato de ir na casa, ou comitê eleitoral, é uma agressão”, disse Bolsonaro em entrevista à Jovem Pan News.

    “Por causa do tamanho de letra? Faz por escrito, decide a questão. Uma covardia que fizeram com o ministro Moro. Ex-ministro Moro”, completou o presidente.

    Os mandados de busca e apreensão foram determinados pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), com o objetivo de apreender materiais de campanha irregulares. A decisão acatou um pedido da coligação formada por PT, PCdoB e PV.

    Os partidos alegam que os materiais violam a legislação eleitoral, porque o tamanho da fonte do nome de Moro está desproporcional ao tamanho da dos suplentes.

    A defesa do ex-juiz negou as irregularidades e disse que vai pedir que a decisão seja reconsiderada.

    Mesmo defendendo o ex-juiz da Lava Jato em relação à ação da Justiça Eleitoral, Bolsonaro voltou a criticá-lo pela sua atuação como ministro da Justiça, dizendo que se sentiu traído.

    O presidente disse que, “pela vida pregressa, Moro tinha tudo para ser um excelente político, trazer uma bagagem muito grande da Lava Jato”.

    “Tinha tudo para agora ser meu vice e, em 2026, ser candidato à presidente. Algo subiu à cabeça dele. As amizades que cultivou ao longo do tempo dele de ministro levou a isso”, destacou.

    O presidente criticou a aproximação de Moro com o ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB). “Fiquei sabendo que era comum visitar o Doria em São Paulo, e nunca reportou nada para mim”, reclamou.

    “A gente escolhe as pessoas bem intencionado, depois cada um resolve seguir o seu ego. Aí acaba nisso daí”, concluiu.

    A CNN procurou o ex-juiz sobre as declarações do presidente, mas a assessoria de Moro afirmou que não irá se manifestar.