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    Coronel deve relatar que foi reverendo quem apresentou Davati para Força Brasil

    Coronel da reserva Helcio Bruno deve afirmar à CPI da Pandemia que não tem relação próxima com Bolsonaro e que não produz conteúdo próprio para redes sociais

    Senadores durante a CPI da Pandemia
    Senadores durante a CPI da Pandemia Foto: Marcos Oliveira - 9.jun.2021/Agência Senado

    Gustavo Uribeda CNN

    Em seu depoimento à CPI da Pandemia, o coronel da reserva Helcio Bruno pretende afirmar na terça-feira (10) que foi o reverendo Amilton de Paula quem apresentou os representantes da Davati Supply para o Instituto Força Brasil.

    Segundo relatos de integrantes da entidade, o reverendo apresentou Luís Dominghetti e Cristiano Carvalho ao Instituto Força Brasil na mesma semana da reunião do dia 12 de março, quando os supostos vendedores de vacinas foram recebidos no Ministério da Saúde.

    O objetivo inicial da reunião, que teve a participação do então secretário-executivo Elcio Franco, era tratar sobre a possibilidade de empresas privadas importarem imunizantes contra o coronavirus.

    O coronel da reserva pretende esclarecer, no entanto, que o presidente da Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah) sugeriu que os representantes da Davati Supply participassem do encontro porque a proposta deles de oferta de vacinas não havia sido respondida pela pasta.

    O presidente do Instituto Força Brasil deve salientar ainda que não cabia a ele saber se realmente a Davatti Supply detinha os imunizantes que prometia. Ele ressaltará que, depois do encontro no Ministerio da Saúde, não teve mais contato nem com Carvalho nem com Dominghetti.

    De acordo com integrantes da entidade, o reverendo participou de encontro no Instituto Força Brasil, no qual abordou a possibilidade de representantes da Davati Supply participarem da reunião no Ministério da Saúde, para discutir política de créditos ambientais.

    Apesar do Instituto Força Brasil defender pautas em comum às do atual governo federal, o coronel da reserva deve afirmar que não tem relação próxima com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e que não produz conteúdo próprio para as redes sociais, apenas compartilha o de portais de direita.

    O nome de Helcio Bruno foi citado em depoimentos na CPI da Pandemia como um intermediário do encontro entre a Davati Supply e o então secretário-executivo Élcio Franco. A Davati é alvo de investigação por suposto esquema de compra e venda de vacinas da AstraZeneca superfaturadas. O contrato bilionário, que acabou não sendo fechado, previa a compra de 400 milhões de doses de vacina.

    Procurados pela CNN, tanto a Davati Supply como o Instituto Força Brasil negam irregularidades.