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    Conversa entre governadores fracassa e pacto contra Covid tem medidas genéricas

    Documento pede vacina, medidas preventivas e leitos de UTI. Brasil vive pior momento da pandemia

    Governador Wellington Dias (PT), do Piauí, coordenador das discussões sobre vacinas contra Covid no Fórum de Governadores
    Governador Wellington Dias (PT), do Piauí, coordenador das discussões sobre vacinas contra Covid no Fórum de Governadores Foto: CNN (08.mar.2021)

    Leandro ResendeIgor Gadelhada CNN

    O plano de governadores de divulgarem medidas em conjunto de combate à pandemia de coronavírus fracassou. Nesta quarta-feira (10), o Fórum que reúne chefes dos executivos estaduais divulgou carta em que cobra do governo federal uma expansão da vacinação contra a Covid-19, apoio a medidas preventivas e ampliação de leitos de UTI. Vinte e um governadores assinam o documento, que tem uma página. O Brasil vive o pior momento da doença, com estados em colapso e batendo recordes diário no número de óbitos.

    Nesta semana os governadores discutiram medidas de restrição de circulação para serem anunciadas em conjunto, mas o plano não foi para frente. A CNN apurou que não houve consenso em pelo menos dois pontos: estabelecimento de medidas únicas para restringir a circulação de pessoas em determinados horários, o chamado toque de recolher, que está em vigor em alguns estados do país; e a entrada em vigor de uma “lei seca”, com a proibição da venda de bebidas alcoólicas em determinados horários – também sem acordo.

    No domingo, quando o governador Wellington Dias (PT) do Piauí, coordenador das discussões sobre vacinas contra Covid no Fórum de Governadores, divulgou a intenção de um pacto entre os estados para conter a pandemia, havia a informação de que 23 estados haviam anunciado a intenção de participar das medidas. No entanto, Rio de Janeiro e Amazonas desistiram e não assinaram o pacto. Além deles, também não assinaram Santa Catarina, Paraná, Rondônia e Roraima. A CNN procurou os seis estados para saber porquê que não houve adesão ao pacto e aguarda resposta.

    Na carta, os governadores afirmam que “o coronavírus é hoje o maior adversário da nossa Nação. Precisamos evitar o total colapso dos sistemas hospitalares em todo o Brasil e melhorar o combate à pandemia”. “Há limites objetivos à expansão de leitos hospitalares, tendo em vista escassez de insumos e de recursos humanos. Dessa forma, as medidas preventivas protegem as famílias, salvam vidas e asseguram viabilidade aos sistemas hospitalares. Medidas como o uso de máscaras e desestímulo a aglomerações tem sido usadas com sucesso na imensa maioria dos países, de todos os continentes”, diz trecho da carta.