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    Conselho de Ética sorteia relator responsável pela representação contra Gabriel Monteiro

    Vereador Chico Alencar, do PSOL, foi o sorteado para elaborar o documento; Monteiro deve ser notificado pelo Conselho de Ética na próxima terça-feira (19)

    Rafaela Cascardoda CNN , No Rio de Janeiro

    O vereador Chico Alencar (PSOL) foi sorteado pelo Conselho de Ética da Câmara Municipal do Rio para ser o relator da representação contra o vereador Gabriel Monteiro (PL), investigado por denúncias de assédio moral e sexual por parte de ex-funcionários.

    Segundo Chico Alencar, pelo menos três vídeos vão ser analisados. Num deles, também investigado pela Polícia Civil, Gabriel Monteiro aparece tendo relações sexuais com uma adolescente de 15 anos. O conteúdo foi vazado e publicado na internet. O vereador afirma que não sabia que a jovem era menor de idade.

    Outro vídeo mostra um assalto que teria sido simulado pela equipe do vereador. De acordo com Chico Alencar, um dos assessores do parlamentar aparece nas imagens orientado um morador de rua a encenar o furto e depois sofrer abordagem do vereador. A defesa de Gabriel afirma que o conteúdo faz parte de um experimento social.

    No terceiro vídeo, Gabriel aparece beijando o pescoço de uma menor de idade, faz cócegas e acaricia a jovem. Segundo Chico Alencar, a menina teria 10 anos de idade.

    “Foi acatado por unanimidade o aditamento da representação do vereador Gabriel Monteiro, especificamente sobre a denúncia já feita pelo Ministério Público, onde relata uma filmagem feita pelo vereador Gabriel Monteiro numa cena de sexo com uma adolescente e também do vídeo que está sendo divulgado e foi propagado no canal do YouTube do vereador Gabriel Monteiro, em novembro do ano passado, caso que o Conselho de Ética entende ser de constrangimento de uma menor, onde ele conduz essa menor para um tratamento contra piolhos”, afirma o presidente do Conselho, vereador Alexandre Isquierdo (União Brasil).

    Gabriel Monteiro deve ser citado pelo Conselho de Ética na próxima terça-feira (19). Depois disso, o relator abre o prazo de dez dias úteis para o vereador apresentar defesa prévia escrita. Apresentada a defesa, tem início a fase de instrução do processo, que pode durar de 30 a 45 dias.

    Finalizada a instrução, o relator dá parecer em até cinco dias úteis, concluindo pela procedência da representação ou pelo arquivamento.

    Caso o parecer seja pela procedência da denúncia, a punição pode ser deliberada em votação aberta no Plenário, com direito à fala dos parlamentares e da defesa durante a sessão, decidida por dois terços dos vereadores (34 votos) em caso de cassação ou maioria absoluta em caso de suspensão. Todo o processo pode levar até 90 dias e terminar com a cassação do mandato de Gabriel Monteiro.

    Nesta terça-feira (12), o vereador prestou depoimento na delegacia de Madureira sobre suposto ataque forjado em Quintino, na Zona Norte do Rio, em agosto do ano passado. Na época, o vereador disse que ele e a equipe sofreram um ataque a tiros e que foram encurralados por “bandidos fortemente armados” que dispararam tiros de fuzil e pistola. Segundo Monteiro, os bandidos teriam gritado em vários momentos que eu ele iria morrer. Além do parlamentar, outros três assessores também foram ouvidos formalmente na delegacia. O delegado responsável pela investigação Neilson Nogueira disse à CNN que outras pessoas ainda devem ser ouvidas, mas que ainda não há uma data marcada.

    A CNN procurou a defesa de Gabriel Monteiro, mas não obteve retorno até o momento da publicação desta reportagem..

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