Conheça os candidatos a vice-presidente da República
Geraldo Alckmin (PSB) ou General Braga Netto (PL) ocuparão o cargo a partir de 2023
Neste domingo (30) ocorre o segundo turno das eleições presidenciais entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL). As escolhas para os vices foram nomes relativamente conhecidos.
A campanha petista optou pelo nome do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB), que saiu do PSDB para integrar a chapa de Lula.
Por outro lado, Bolsonaro optou pelo nome do ministro da Defesa, o General Braga Netto (PL), que também foi interventor militar no Rio de Janeiro no governo de Michel Temer, em 2018.
A CNN levantou o perfil dos dois candidatos a vice-presidente.
Geraldo Alckmin
Médico, Alckmin tem 69 anos, é natural de Pindamonhangaba – a 156 km da capital paulista – e governou o estado de São Paulo por 13 anos.
Aos 19 anos, filiou-se ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e, um ano depois, em 1972, foi eleito vereador em sua cidade natal. Depois de cumprir o mandato de quatro anos, tornou-se o mais jovem a assumir o cargo de prefeito de Pindamonhangaba.
Em 1988, participou da fundação do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Foi convidado para compor a chapa de Mário Covas nas eleições estaduais de 1994. A dupla saiu vitoriosa. Em 1998, Covas e Alckmin foram reeleitos no segundo turno.
Em janeiro de 2001, Covas se afastou do governo para tratar um câncer na bexiga. Ele morreu em 6 de março daquele ano. Alckmin assumiu o governo e, nas eleições de 2002, foi reeleito com 58,64% dos votos válidos no segundo turno, derrotando José Genoino (PT).
Em março de 2006, renunciou ao governo de São Paulo para disputar as eleições presidenciais pelo PSDB, mas foi derrotado por Lula.
Nas eleições de 2010, concorreu ao cargo de governador e derrotou o candidato petista Aloizio Mercadante e foi eleito governador de São Paulo ainda no primeiro turno, com 50,63% dos votos válidos. Em 2014, conseguiu a reeleição também em primeiro turno, com 57,31% dos votos válidos.
Assim como em 2006, Alckmin renunciou ao governo para disputar as eleições presidenciais de 2018. O tucano fechou a mais ampla aliança entre partidos para a campanha presidencial, que reuniu PTB, PP, PR (atual PL), DEM (hoje União Brasil), Solidariedade, PPS (atual Cidadania), PRB (hoje Republicanos) e PSD.
Alckmin recebeu 4,76% dos votos válidos, o pior resultado para um candidato do PSDB à Presidência.
Após as eleições, na condição de presidente nacional do PSDB, passou a fazer participações em programas de televisão como especialista em saúde. Em dezembro de 2021, após 33 anos no partido, anunciou sua desfiliação.
General Braga Netto
Walter Souza Braga Netto, de 66 anos, nasceu em Belo Horizonte (MG) e serviu ao Exército Brasileiro por 45 anos, tendo chegado ao mais alto posto da hierarquia militar, de general.
Formado na turma de 1978 do curso de Cavalaria da Academia Militar das Agulhas Negras, também completou os cursos de educação física na Escola de Educação Física do Exército e o de guerra na selva, do Centro de Instrução de Guerra na Selva.
Fez ainda mestrado em operações militares na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais, em 1988. Seis anos depois, em 1994, tornou-se doutor em aplicações, planejamento e estudos militares do curso de Altos Estudos da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército.
Entre outros cargos, foi observador militar do Exército no Timor Leste e adido na Polônia, nos EUA e no Canadá. Também foi assessor da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República na estruturação e implantação do Sistema de Proteção da Amazônia, entre 1997 e 1999, no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Entre 2013 a 2015, já no governo Dilma Rousseff (PT), foi coordenador geral da assessoria especial para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Rio de Janeiro e liderou a segurança dos Jogos Olímpicos de 2016.
Em 2018, durante o governo de Michel Temer (MDB), foi Interventor Federal na Segurança Pública no Rio de Janeiro.
Depois, assumiu como chefe do Estado-Maior do Exército, em Brasília, até 2020. Em 11 de março daquele ano, saiu da ativa do Exército para assumir o cargo de ministro da Casa Civil no governo Bolsonaro.
Em março de 2021, tornou-se ministro da Defesa, cargo que só deixou em 31 de março deste ano para se preparar para a disputa eleitoral. Foi assessor da Presidência até 1° de julho de 2022.