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    ‘Como militar, só aceitei mais uma missão’, afirma Pazuello sobre efetivação

    Ele ainda reforçou que nada vai mudar e pretende continuar como oficial do Exército

    Eduardo Pazuello durante coletiva do Ministério da Saúde
    Eduardo Pazuello durante coletiva do Ministério da Saúde Foto: José Dias - 27.abr.2020 / PR

    Natália André, da CNN, em Brasília

    O ministro da Saúde general Eduardo Pazuello afirmou, a interlocutores, que foi surpreendido com a ligação do ministro-chefe da Casa Civil, general Braga Netto, ontem (14), de anúncio da sua efetivação no cargo depois de quase 4 meses como interino.

    “Eu e o presidente (Jair Bolsonaro) não conversamos no dia-a-dia sobre isso. Faço meu trabalho normalmente. Ontem, fui avisado com a ligação. Não houve nenhum aviso prévio ou conversa. Como militar, só aceitei mais uma missão. Não perguntei o porquê da mudança, nem por quanto tempo ficaria”, disse, assim que chegou no ministério nesta terça-feira (15).

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    Ele ainda reforçou que nada vai mudar. “Eu já era o ministro. Sempre fui tratado como ministro pelos servidores daqui e pelo governo. Vou seguir trabalhando”, completou.

    Pazuello falou sobre a sua permanência na ativa do Exército Brasileiro. Ele vai seguir até que ocorra a aposentadoria compulsória ou que o Exército entenda que não há mais nenhuma missão para ele. “Sou um general do Exército que está atuando como ministro da Saúde. Quero permanecer na ativa”, concluiu.

    Aliança global pelo acesso às vacinas

    O ministro Pazuello também comentou que o Brasil está terminando de discutir os últimos detalhes para fazer parte da aliança global pelo acesso de países pobres, ou sem recursos, às vacinas do novo coronavírus da Organização Mundial da Saúde. Como o país já fez parceria com um dos nove imunizantes do ‘Covax Facility’, a vacina de Oxford, está sendo avaliado se o Brasil vai precisar investir uma quantia a mais no grupo.

    Só para a vacina da universidade inglesa, o Ministério da Saúde vai gastar R$ 1,9 bilhão. A dúvida, portanto, é se o Brasil terá de colaborar com mais dinheiro no mecanismo criado pela OMS dentro do ACT, conselho de aceleração de ferramentas para o enfrentamento ao novo coronavírus. O Covax é uma das medidas do ACT, que conta com 26 países dos 194 membros da OMS. A primeira reunião desse conselho ocorreu na semana passada com a participação do, ainda interino, general Pazuello.

    Até agora, 90 países demonstraram interesse em serem beneficiados pelo Covax, que servirá para acelerar o desenvolvimento, a produção e o acesso equitativo a testes, tratamentos e vacinas contra a Covid-19. De acordo com a OMS, 75 países devem fazer parte do financiamento. Juntando os que precisam da ajuda e os que investirão, esse grupo de 165 países formam 60% da população mundial.