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    Como foi o primeiro dia de Queiroz na cadeia

    Ex-assessor e ex-motorista do senador Flávio Bolsonaro foi preso na quinta-feira, em Atibaia; governo do Rio diz que ele está em quarentena, mas 'passa bem'

    Da CNN

    Fabrício Queiroz deixa IML no Rio de Janeiro
    Foto: Ricardo Moraes – 18.jun.2020/Reuters

    O policial militar aposentado Fabrício Queiroz, ex-assessor e ex-motorista do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), completa seu primeiro dia preso no Rio de Janeiro depois de ser detido na cidade de Atibaia, no interior de São Paulo.

    Queiroz é investigado pelo MP do Rio pelo esquema conhecido como “rachadinha” – apelido dado à prática de ficar com parte do salário de servidores de um gabinete – na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), que veio à tona em dezembro de 2018.

    A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) do Rio informou à CNN que Queiroz está sozinho em uma cela, para cumprir um período de isolamento de 14 dias – medida adotada para evitar que um preso infectado pelo novo coronavírus transmita a doença para outros detentos.

    Ainda de acordo com a Seap, o ex-assessor parlamentar “passa bem”. “[Queiroz] está em uma cela com seis metros quadrados com acomodação para repouso, chuveiro, vaso sanitário e uma pia”, informou o órgão estadual.

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    Assim com os demais detentos de Bangu, ele recebe quatro refeições diárias: café da manhã, almoço, lanche e jantar. “O cardápio é elaborado por um nutricionista que determina o tipo de alimentação que é fornecida no sistema prisional fluminense”, disse a secretaria.

    A CNN apurou que, até o momento, o Tribunal de Justiça do Rio, onde corre o processo de Queiroz, não recebeu nenhum pedido de habeas corpus em favor do ex-assessor. Espera-se, no entanto, que seja apresentado ainda nesta sexta.

    O pedido terá como principal argumento o estado de saúde de Queiroz, que trata um câncer. A peça também vai versar sobre aspectos que questionam a necessidade de mantê-lo preso sob o argumento da suposta ameaça às investigações.

    Prisão em SP

    Queiroz foi preso na manhã de quinta-feira (18) em Atibaia pela polícia civil após mandado expedido pelo juiz Flávio Itabaiana de Oliveira Nicolau a pedido de promotores do Ministério Público do Rio de Janeiro.

    A pista para os promotores chegarem ao militar aposentado foi uma conversa, por mensagens, da mulher dele, na qual ela relatava que o marido estava vivendo “escondido numa casa”. O imóvel, no caso, era uma propriedade do advogado Frederick Wassef, que atua na defesa da família Bolsonaro

    “Parte da rotina de ocultação de paradeiro de Fabrício Queiroz envolvia restrições em sua movimentação e em suas comunicações, sendo monitorado por uma terceira pessoa”, escreveu o magistrado. Portanto, ao estar se escondendo, o juiz argumenta que é possível concluir que ele planejava poder fugir, caso a sua prisão fosse decretada.