Com previsão de dificuldades no Legislativo, Lula planeja equipe de articuladores políticos
Petista tem sinalizado a aliados que, caso vença a disputa ao Palácio do Planalto, pretende escalar ex-gestores estaduais com ascendência sobre bancadas regionais para postos de destaque em um eventual governo
O candidato do PT ao Palácio do Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva, tem previsto a aliados próximos um cenário de dificuldades junto ao Congresso Nacional caso seja eleito à Presidência da República.
A avaliação feita por dirigentes petistas é de que partidos como o PL e o PP devem fazer bancadas fortes, além da influência do presidente Jair Bolsonaro sobre congressistas de direita, o que não deve se encerrar após o processo eleitoral.
Para tentar contornar um eventual quadro desfavorável, o candidato petista tem considerado, segundo o relato feito à CNN por interlocutores, escalar uma equipe de articuladores políticos.
A ideia é abrir espaço na Esplanada dos Ministérios a ex-gestores estaduais, que tenham ascendência sobre bancadas regionais e experiência em negociação política, para que atuem junto ao Poder Legislativo.
A lista de nomes avaliada pela campanha petista inclui os ex-governadores Rui Costa (Bahia), Wellington Dias (Piauí), Camilo Santana (Ceará), Flávio Dino (Maranhão) e Geraldo Alckmin (São Paulo).
A proposta é de que eles atuem em paralelo à Secretaria de Governo de um eventual governo petista para diminuir resistências de partidos de centro e tentar facilitar a aprovação de reformas estruturais, como a tributária.
A avaliação feita na campanha petista é de que a primeira batalha no Congresso Nacional deve ser a de extinguir as emendas de relator, chamadas de “Orçamento Secreto”.
Lula já afirmou que pretende não empenhar as emendas parlamentares e que irá discutir o assunto com o Congresso Nacional. Em caráter reservado, no entanto, líderes do bloco do centrão têm afirmado que pretendem resistir.
Uma das possibilidades aventadas seria colocar em votação uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) tornando as emendas de relator impositivas, assim como já foi feito em relação às emendas de bancada.
Debate
As emissoras CNN e SBT, o jornal O Estado de S. Paulo, a revista Veja, o portal Terra e a rádio NovaBrasilFM formaram um pool para realizar o debate entre os candidatos à Presidência da República, que acontecerá no dia 24 de setembro.
O debate será transmitido ao vivo pela CNN na TV e por nossas plataformas digitais.
Fotos – os candidatos a vice-presidente nas eleições
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Ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) é candidato a vice na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) • Gustavo Magnusson
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General Braga Netto (PL), ex-ministro da Casa Civil e ex-ministro da Defesa, é o candidato a vice na chapa do presidente Jair Bolsonaro (PL), que busca a reeleição • Carolina Antunes
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Ana Paula Matos (PDT), vice-prefeita de Salvador, é a candidata a vice-presidente na chapa "puro sangue" de Ciro Gomes • Reprodução Twitter
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A senadora Mara Gabrilli (PSDB) compõe uma chapa 100% feminina como vice de Simone Tebet (MDB) • Gerdan Wesley
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Marcos Cintra (União Brasil) atuou, durante o Governo Bolsonaro, como secretário da Receita Federal e é o vice na chapa da presidenciável Soraya Thronicke (União Brasil) • José Cruz/Agência Brasil
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Tiago Mitraud (Novo), que está em fim de mandato como deputado federal, é o vice na chapa "puro sangue" de Felipe d'Avila (Novo) à Presidência
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A indígena Kunã Yporã, ou Raquel Tremembé, do PSTU, é da tribo Tremembé e é vice na chapa 100% feminina de Vera Lúcia (PSTU) à Presidência • Divulgação PSTU
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Samara Martins (UP) é dentista do SUS e candidata a vice na chapa de Leonardo Péricles (UP) • Thiago Melo / Reprodução Instagram
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Antonio Alves (PCB) é jornalista e vice na chapa de Sofia Manzano (PCB) • Reprodução/ PCB / Wikimedia Commons
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Pastor Luiz Cláudio Gamonal (PTB) é vice de Kelmon Souza (PTB) • PTB
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João Barbosa Bravo (DC), economista e ex-prefeito de São Gonçalo (RJ), é o candidato a vice-presidente na chapa de Eymael • Divulgação