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    Com presidente da Anvisa e Queiroga, CPI começa a tratar de vacinas contra Covid

    Atual ministro da Saúde deve ser ouvido às 10h e o diretor-presidente da agência, Antonio Barra Torres, deve prestar depoimento às 14h

    Renato Barcellos, da CNN, em São Paulo

    A Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia de Covid-19 ouve nesta quinta-feira (6) o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, às 10h, e o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, às 14h.

    Ambos serão os primeiros membros atuais do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a prestarem depoimento à CPI. Os ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich já foram ouvidos pelos senadores que compõem a comissão.

    O presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que Queiroga será questionado sobre pontos relacionados à vacina, como a quantidade de imunizantes adquiridos pela pasta, a divulgação de contratos e o planejamento para o próximo ano.

    “Queremos saber se tem ou não vacina e quais são os contratos. Vou esperar o ministro aqui com essa resposta”, disse Aziz em coletiva de imprensa após a sessão desta quarta-feira (5). Até então, a CPI não havia se debruçado sobre os imunizantes contra a Covid-19, uma vez que não haviam vacinas desenvolvidas quando Mandetta e Teich foram ministros.

    A oitiva de Marcelo Queiroga acontece em meio a uma polêmica no Ministério da Saúde. Nesta quarta, a pasta confirmou ter divulgado informações imprecisas, e acima da realidade, sobre a contratação de 560 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19.

    Em ofício publicado no dia 12 de abril deste ano, a equipe do ministro admitiu ter comprado apenas metade dos imunizantes que foram informados pela pasta em peças publicitárias divulgadas nas redes sociais e encaminhadas à imprensa.

    A convocação do ministro Marcelo Queiroga foi requisitada pelos senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Eduardo Girão (Podemos-CE), além do vice-presidente e do relator da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Renan Calheiros (MDB-AL), respectivamente.

    Já o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, foi chamado pelos mesmos senadores com adição de Angelo Coronel (PSD-BA). Segundo o senador baiano, a presença de Barra Torres é necessária para entender os motivos pelos quais o imunizante russo Sputnik V foi recusado pela agência.

    “O processo que levou à não liberação pela Anvisa da vacina Sputnik V, produzida pelo laboratório russo Gamaleya, foi envolto em polêmicas e supostas pressões de ambos os lados. Tal processo merece ser apreciado por esta CPI e por isso é imperiosa a convocação do diretor-presidente da Anvisa, senhor Antônio Barra Torres, para que explique os procedimentos da Agência neste processo”, afirmou Angelo Coronel no requerimento.