Com o cargo na mira do ‘Centrão’, secretário da Saúde diz que fica no governo
Remanescente da gestão Mandetta, Wanderson de Oliveira diz que foi convidado a permanecer pelo ministro Nelson Teich
O secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, afirmou nesta terça-feira (5) que vai permanecer no governo a convite do ministro da Saúde, Nelson Teich. Wanderson é remanescente da gestão do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM) e ocupa um cargo chave no combate à pandemia do novo coronavírus no Brasil.
“O ministro Nelson solicitou que eu permaneça, o meu chefe, o general Matsuda, autorizou que eu permaneça nessa posição por mais um tempo, a duração fica a critério do ministro e a autorização foi dada também pelo presidente Bolsonaro. Eu ficarei enquanto for útil”, disse o secretário.
Segundo a apuração da CNN, o comando da Secretaria de Vigilância em Saúde estava sendo pleiteado pelo PL, um dos partidos do chamado “Centrão” que se reaproximou recentemente do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
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Durante entrevista coletiva nesta terça, Wanderson disse, no entanto, que não tem apego ao cargo específico que ocupa hoje. “Se ele achar que serei útil como assessor, serei assessor, não é o cargo que me preocupa, não tenho esse apego”, disse.
O secretário ponderou ainda que está é uma função que “exige conhecimentos técnicos e conhecimentos epidemiológicos”. “Mas não sou o único que tem esse conhecimento”.
Wanderson de Oliveira era um dos dois assessores mais próximos do ex-ministro Mandetta a respeito da Covid-19. O outro, João Gabbardo, foi substituído na função de secretário-executivo do Ministério da Saúde pelo general Eduardo Pazuello.