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    Com Marcio França neutro, PSB enfrenta resistências para apoio total à esquerda

    Terceiro lugar no primeiro turno optou por não apoiar nenhum candidato à prefeitura

    Pedro Duran e Iuri Pitta, da CNN em São Paulo

    Candidato derrotado pelo PSB, com 728 mil votos, o ex-governador de São Paulo, Márcio França, decidiu manter a neutralidade no 2° turno em São Paulo. A decisão foi anunciada nas redes sociais.

    “Não faço o que não estou convencido, nem meus eleitores, não aceito empurrões”, disse ele.

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    A nota ainda diz que os eleitores que optaram pelo PSB no primeiro turno “não se encontram nas propostas e nos perfis dos candidatos selecionados”, reconhecendo mérito e desejando sorte aos candidatos Bruno Covas (PSDB) e Guilherme Boulos (PSOL).

    A decisão de França foi tomada depois que uma pesquisa do Instituto Datafolha mostrou que 38% dos eleitores dele votarão em Covas e outros 38% em Boulos. O ex-governador não quer desagradar nem o contingente de policiais militares, que rejeitam Boulos, nem os eleitores do voto “anti-Doria”, que rejeitam Covas.

    Decisão do PSB

    Muito embora o presidente nacional do partido, Carlos Siqueira, tenha decidido apoiar Boulos, o diretório municipal ainda não definiu qual candidato apoiará. “Estamos conversando, ainda não há definição”, disse à CNN o vereador Eliseu Gabriel, que comanda o PSB na cidade de São Paulo.

    A tendência maior é para apoiar Guilherme Boulos, mas o próprio Gabriel chegou a integrar a alta cúpula da gestão tucana em São Paulo, quando foi Secretário do Trabalho. Já o outro vereador pelo partido, Camilo Cristófaro, segue a linha anti-Doria, mas chegou a apoiar Covas e votar com o governo quando ele assumiu a prefeitura.

    Ainda pesa contra o apoio a Boulos o fato de o candidato do PSB em Recife, João Campos, uma das apostas do partido, estar apanhando do PSOL no 2° turno. É que o vice de Marília Arraes (PT), que disputa contra Campos é do PSOL e a militância do partido está em campanha contra o filho de Eduardo Campos.

    Há ainda um ressentimento por, em 2018, o PSOL não ter manifestado o apoio a Márcio França no segundo turno da corrida ao governo. França acabou perdendo para João Doria, do PSDB. Lisete Arelaro, então candidata do PSOL, e o partido ficaram neutros.

    Já em Belém, o PSB decidiu apoiar Edmilson Fernandes, que é do PSOL. A disputa na capital do Pará é contra o bolsonarista Delegado Eguchi, do Patriota.

    A intenção nacional do partido é se posicionar mais à esquerda. A declaração de apoio a João Coser, candidato do PT em Vitória é mais um sinal neste sentido.

    Já a declaração de apoio a Manuela d’Ávila (PCdoB) em Porto Alegre contra Sebastião Melo (MDB), também enfrenta resistências internas no PSB, assim como a Boulos.

    A principal resistência a Manuela é do ex-candidato a vice na chapa de Marina Silva (Rede), o deputado federal Beto Albuquerque. Foi ele quem assumiu a vaga do PSB na chapa com a morte de Eduardo Campos. À época, Marina foi duramente criticada pela campanha de Dilma Rousseff e do PT.

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