Ciro propõe estatal para “exploração mineral sustentável” em terras indígenas
Em live, pedetista disse que empresa seria comandada pelos próprios povos originários; seu plano de governo defende “envolver populações locais em atividades econômicas que sejam rentáveis e sustentáveis”
O candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) defendeu na noite de quinta-feira (15) a criação de uma estatal voltada à “exploração mineral sustentável” de territórios indígenas. Segundo ele, a empresa seria “controlada” pelos próprios povos originários.
“A exploração de recursos minerais pode ser liberada em terras indígenas? Depende. Qual é a dependência? A dependência é o seguinte, a dependência é: se as comunidades indígenas, e isso eu conheço por dentro, quiserem, a gente pode fazer de forma sustentável, com uma estatal controlada pela comunidade indígena”, afirmou em live transmitida em seu canal no YouTube, do Recife (PE).
O plano de governo do presidenciável defende “envolver populações locais em atividades econômicas que sejam rentáveis e sustentáveis a eles, mas que excluam a derrubada da floresta”. O documento, contudo, não menciona expressamente povos indígenas nem a criação de uma estatal.
Segundo dados mais recentes da rede MapBiomas, divulgados em agosto de 2021, a área ocupada pelo garimpo nos territórios indígenas cresceu 495% de 2010 a 2020. A análise é feita por meio de imagens de satélite com o auxílio de inteligência artificial.
Em sua fala, Ciro voltou também a defender a taxação de grandes fortunas, disse que os “jogos de azar” não devem ser descriminalizados e se posicionou contra a legalização do aborto. Ele afirmou, porém, que esse tipo de discussão é uma “casca de banana para pegar cristãos”.
“O aborto deve ser legalizado? Não. O que que eu defendo na questão do aborto? É que a lei brasileira já achou um ponto de equilíbrio — em que o anencéfalo, a mulher vítima de um estupro, tem direito ao aborto legal. O resto a gente tem que pacificar, e não é o presidente que resolve isso. Isso é sempre casca de banana pra poder pegar os cristãos, os católicos, os evangélicos, pra fazer o cabra votar”, completou.
Debate
As emissoras CNN e SBT, o jornal O Estado de S. Paulo, a revista Veja, o portal Terra e a rádio NovaBrasilFM formaram um pool para realizar o debate entre os candidatos à Presidência da República, que acontecerá no dia 24 de setembro.
O debate será transmitido ao vivo pela CNN na TV e por nossas plataformas digitais.
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Ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) é candidato a vice na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) • Gustavo Magnusson
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General Braga Netto (PL), ex-ministro da Casa Civil e ex-ministro da Defesa, é o candidato a vice na chapa do presidente Jair Bolsonaro (PL), que busca a reeleição • Carolina Antunes
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Ana Paula Matos (PDT), vice-prefeita de Salvador, é a candidata a vice-presidente na chapa "puro sangue" de Ciro Gomes • Reprodução Twitter
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A senadora Mara Gabrilli (PSDB) compõe uma chapa 100% feminina como vice de Simone Tebet (MDB) • Gerdan Wesley
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Marcos Cintra (União Brasil) atuou, durante o Governo Bolsonaro, como secretário da Receita Federal e é o vice na chapa da presidenciável Soraya Thronicke (União Brasil) • José Cruz/Agência Brasil
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Tiago Mitraud (Novo), que está em fim de mandato como deputado federal, é o vice na chapa "puro sangue" de Felipe d'Avila (Novo) à Presidência
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A indígena Kunã Yporã, ou Raquel Tremembé, do PSTU, é da tribo Tremembé e é vice na chapa 100% feminina de Vera Lúcia (PSTU) à Presidência • Divulgação PSTU
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Samara Martins (UP) é dentista do SUS e candidata a vice na chapa de Leonardo Péricles (UP) • Thiago Melo / Reprodução Instagram
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Antonio Alves (PCB) é jornalista e vice na chapa de Sofia Manzano (PCB) • Reprodução/ PCB / Wikimedia Commons
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Pastor Luiz Cláudio Gamonal (PTB) é vice de Kelmon Souza (PTB) • PTB
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João Barbosa Bravo (DC), economista e ex-prefeito de São Gonçalo (RJ), é o candidato a vice-presidente na chapa de Eymael • Divulgação