Ciro Gomes e Eduardo Paes costuram aliança para eleições do Rio
Acordo entre PDT e PSB é reação a parceria entre PT e PSB para o pleito
O candidato à presidência Ciro Gomes (PDT) e o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), devem se reunir na próxima semana com a proposta de fechar um acordo em torno das eleições fluminenses.
Uma série de encontros entre integrantes dos dois partidos está prevista com a participação dos dois pré-candidatos lançados pelas legendas, Rodrigo Neves, ex-prefeito de Niterói, e Felipe Santa Cruz, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A ideia é que o acordo atraia partidos de centro.
No domingo (30), Ciro irá ao Rio e participará de um seminário com a presença de lideranças do PDT. E na próxima quarta-feira (2), está prevista uma reunião com Paes e o presidente do PDT, Carlos Lupi.
A aliança entre as duas legendas já vinha sendo costurada e foi precipitada pela ordem dada na última terça-feira (25) pelo ex-presidente Lula (PT) para que o partido apoie a candidatura de Marcelo Freixo (PSB) ao governo do Rio.
Pré-candidato do PSD, patrocinado por Eduardo Paes, Felipe Santa Cruz disse que vê limitações à candidatura de Freixo.
“Ele não consegue ampliar na nossa base e na baixada. A imagem radical prejudica essa construção. Isso é fato, mas virou uma questão individual. Nosso caminho será próprio”, afirmou à CNN.
“PT e o PSB deixaram claro que não vão fazer parte de uma frente para reconstruir o Rio. Isso libera as outras forças do campo democrático para fazerem suas construções. Sem ampliar com quadros sólidos será impossível reconstruir o Estado”, destacou Santa Cruz.
Do lado do PDT, Rodrigo Neves já disse a Ciro Gomes e a Lula que pretende ter os dois em sua campanha em 2022, segundo relato de aliados feitos à CNN. O palanque duplo seria uma forma de manter o laço com o petista, de quem Neves é próximo e com quem se encontrou em novembro do ano passado.
Integrantes do PDT dizem que levantamentos internos mostram o nome do ex-prefeito de Niterói consolidado como terceiro colocado na corrida ao Palácio Guanabara, atrás de Freixo e de Cláudio Castro (PL), que busca a reeleição.