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    Eleições 2022

    Ciro diz que manifesto de apoio a Lula é “fake news” e nega que tenha assinaturas do PDT

    Candidato pedetista ao Planalto critica adversários à esquerda e à direita que, segundo ele, querem “simplificar” o debate eleitoral e “aniquilar alternativas”

    Carolina Cerqueirada CNN

    O candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) afirmou nesta quarta-feira (21) que membros do seu partido não assinaram um manifesto em apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele classificou a divulgação do documento por parte da imprensa como “fake news”.

    “Não existe isso, o tal manifesto. Não existe uma única assinatura de nenhum único quadro do PDT. Nenhum! E até tinha uma assinatura falsa”, disse a jornalistas antes de participar de sabatina promovida pelo jornal O Estado de S. Paulo.

    “Vocês [jornalistas] estão sendo vítimas de uma fake news produzida pelo Lula, petismo corrupto que dominou a cena da internet no Brasil hoje”, acrescentou.

    A CNN procurou a assessoria do candidato Lula para comentar a fala de Ciro e aguarda resposta.

    Nesta terça-feira (20), a CNN publicou reportagem sobre possível racha no PDT após conversar com pedetistas com mandato e com quem esteve ao lado de Leonel Brizola na fundação da legenda em 1979 e ouviu críticas aos ataques de Ciro contra Lula ao longo da campanha.

    A CNN também conversou com o presidente do PDT, Carlos Lupi, que segue a mesma linha de Ciro e prega a união do partido em torno de seu candidato à Presidência. Lupi disse que “voto útil é voto inútil” e, em mensagem disparada nas redes sociais nesta terça (20), afirmou que os aliados de Ciro que migraram para Lula são “mais frágeis”. “Eu quero lembrar Brizola: ‘a política, a mídia poderosa, os políticos tradicionais adulam e adoram traidores, mas a história os abomina”, afirmou, em prenúncio de que a crise está longe do fim.

    Em um erro de procedimento, a CNN publicou essa apuração de ontem sem ter ouvido o candidato Ciro Gomes e pede desculpas por isso.

    Ciro também voltou nesta quarta-feira a criticar adversários à esquerda e à direita que, segundo ele, querem “simplificar” o debate eleitoral e “aniquilar alternativas”. “Isso é uma tragédia para um país como o Brasil”, disse o pedetista.

    Ciro fez ainda uma defesa do sistema eleitoral em dois turnos.

    “Por que a gente faz em dois turnos? Para que no primeiro turno cada um de nós vote naquilo que entender, vamos dizer, representativo do seu ponto de vista de doutrina, de ideologia, de valores — inclusive morais — e isso vai afirmar a vitória ou a derrota”, disse.

    E completou: “Quem não for vitorioso no primeiro turno, marca uma corrente de opinião que se imporá ao debate, fiscalizando, cobrando, movimentando uma oposição qualificada com um nível de legitimidade do tamanho que for a preferência explicita no primeiro turno”.

    Manifesto

    Nos últimos dias, ativistas e militantes políticos divulgaram um manifesto que teria sido assinado por filiados e ex-filiados do PDT.

    O documento, intitulado “Trabalhistas pela democracia: o voto necessário”, traz nomes como o deputado federal Túlio Gadelha, ex-integrante do PDT e atualmente candidato à reeleição pela Rede, e Luiz Marcelo, assessor parlamentar e chefe de gabinete de Gadelha.

    Em suas redes sociais, o deputado negou que tenha assinado o manifesto. “Não assinei manifesto contra Ciro. Tenho profundo respeito pelo ser humano e por suas ideias. Não é momento de divergir. Sei da responsabilidade que o tempo pede. Vamos manter nosso campo coeso. No segundo turno, Ciro estará com Lula. Ou Lula com Ciro”, publicou.

    A Juventude Socialista do PDT de Minas Gerais também divulgou nota afirmando que ex-membros que assinam a referida carta “não compõem mais os quadros” do partido há quatro anos.

    Ciro afirmou que a iniciativa teria o objetivo de “desqualificar” sua candidatura. “É bom você se perguntar por que anônimos que não pertencem ao partido fazem isso? Fazem isso para servir de máquina de propaganda para desqualificar uma candidatura que só faz bem ao partido e que foi escolhida por unanimidade”, finalizou.

    Trechos que circulam do manifesto dizem que Lula seria “a única candidatura capaz de derrotar o bolsonarismo já no primeiro turno”.

    “Cabe lembrar que quem assume o tom ‘polarizador’ no pior sentido do termo é o pedetista, que agora adota uma postura de ex-companheiro de trincheira. O ano é 2022. Aquele Ciro que conseguia se manter numa sintonia fina com o campo progressista já não existe mais”, diz o documento.

    Em 2018, três dias depois do primeiro turno, o PDT declarou “apoio crítico” a Fernando Haddad (PT) na disputa contra Bolsonaro.

    Debate

    As emissoras CNN e SBT, o jornal O Estado de S. Paulo, a revista Veja, o portal Terra e a rádio NovaBrasilFM formaram um pool para realizar o debate entre os candidatos à Presidência da República, que acontecerá no dia 24 de setembro.

    O debate será transmitido ao vivo pela CNN na TV e por nossas plataformas digitais.

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