Cid segue orientação dos advogados à risca, dizem aliados
Diferente da postura adota nas CPI’s, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro tem respondido aos questionamentos dos investigadores, mas nega que tenha cometido crimes
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tem mudado de postura durante os depoimentos à Polícia Federal (PF) para seguir à risca a orientação da defesa. Aliados relataram à CNN, que uma eventual mudança de postura do investigado, se deve às estratégias da equipe que presta assessoria jurídica ao militar, chefiada por Cezar Bittencourt.
Mauro Cid já acumula duas trocas de advogado desde que foi preso. O primeiro foi Rodrigo Roca, que deixou o caso logo após Cid ser detido. Bernardo Fenelon assumiu em seguida e permaneceu até meados de agosto, quando o caso das joias ganharam mais repercussão. Foi quando Cezar Bitencourt assumiu.
Cezar Bitencourt, atual advogado, chegou a dizer, logo que assumiu a defesa, que Cid confessaria que teria atuado a mando do ex-presidente Jair Bolsonaro. Mas, até aqui, essa confissão não veio.
A postura do criminalista tem incomodado os aliados de Bolsonaro, que pressionam a família por uma nova mudança na equipe jurídica do militar. Mas o criminalista descarta deixar o posto. Segundo ele, essa decisão só deve ser tomada pela família do militar e não por terceiros.
“A família está satisfeita com meu trabalho”, disse o advogado de Mauro Cid à CNN.
Apesar dos perfis diferentes, os advogados têm proposto uma estratégia parecida durante os frequentes depoimentos à Polícia Federal. Mauro Cid tem sido orientado tecnicamente, desde o começo, a responder prontamente aos questionamentos dos investigadores.
Segundo fontes, ele não tem optado pelo silêncio e está longe de ser evasivo. Sobretudo, Cid tem negado que cometeu crimes.
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