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    Eleições 2022

    Chefe de missão internacional que vai observar eleições diz que urna eletrônica é referência

    A União Interamericana de Organismos Eleitorais firmou um acordo com o Tribunal Superior Eleitoral para a modernização de mecanismos democráticos

    Teo Curyda CNN em Brasília

    O chefe da missão da União Interamericana de Organismos Eleitorais (Uniore), Lorenzo Córdova, voltou a afirmar nesta quarta-feira (3) que a urna eletrônica brasileira é uma referência para países do continente americano. Córdova é presidente do Instituto Nacional Electoral do México, órgão análogo ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no país.

    Durante a cerimônia que firmou a assinatura de um acordo entre o TSE e a Uniore nesta terça-feira (2), Córdova disse que a experiência eleitoral do Brasil contribuiu para o aperfeiçoamento e a modernização de diversos mecanismos das democracias americanas.

    O convite para que a Uniore atue como observadora internacional nas eleições deste ano foi feito pelo ministro Edson Fachin, presidente do TSE, que tem buscado em sua gestão à frente do tribunal ampliar o número de organismos estrangeiros que vão acompanhar o pleito.

    Oito missões de observação nacional e mais de uma centena de observadores internacionais devem participar das eleições. A estratégia de Fachin foi adotada em meio ao aumento dos ataques infundados contra o sistema de votação brasileiro, capitaneados pelo presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição pelo PL.

    Bolsonaro chegou a convidar embaixadores para o Palácio da Alvorada – ocasião na qual repetiu ataques sem provas contra as urnas – após ficar contrariado com o encontro de diplomatas com Fachin em maio. Naquela reunião, o presidente do TSE afirmou que a comunidade internacional deve estar “alerta” ao que chamou de acusações levianas contra o sistema eleitoral brasileiro.

    Nesta quarta-feira, em entrevista a jornalistas em um hotel em Brasília, Córdova voltou a destacar a integridade do sistema de votação brasileiro. O chefe da missão afirmou que a urna eletrônica é base da estabilidade política e tem permitido alternâncias de poder ao longo das últimas três décadas no país.
    Córdova afirmou que a missão vai se reunir ao longo dos próximos meses com as autoridades que participam do processo eleitoral.

    Os integrantes da missão já se reuniram com o vice-procurador-geral Eleitoral, Paulo Gonet Branco, com os ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes, atual e futuro presidentes do TSE, com técnicos e servidores da área de Tecnologia da Informação da Corte e com a diretoria da Polícia Federal.

    A missão quer ainda se reunir nas próximas semanas com representantes do Ministério da Defesa. Córdova afirmou que as Forças Armadas emitiram uma série de recomendações, disse que boa parte delas foi atendida pelo TSE e que a missão pretende conversar com os militares para ouvir seus pontos de vista.

    “Temos conhecimento de que há objeções [com relação ao sistema eletrônico de votação] e queremos escutá-las, mas queremos formar nossa própria avaliação”, disse.

    Córdova lembrou que as Forças Armadas participaram do desenvolvimento das urnas eletrônicas há trinta anos e que os militares foram parte coadjuvante dos processos eleitorais brasileiros. De acordo com ele, apesar de cada nação ter suas peculiaridades, é normal a participação de militares em países da América Latina, especialmente nas áreas de segurança e logística.

    O chefe da missão afirmou ainda que a União Interamericana de Organismos Eleitorais vê com preocupação os ataques a autoridades eleitorais no Brasil e no resto do mundo. “Estamos vendo com muita preocupação como as democracias, não só as novas como também as antigas, hoje enfrentam uma série de desafios inéditos. Há muitos problemas comuns, como as fake news e a polarização. Uma das caracterísitcas é que as democracias enfrentam questionamentos generalizados e muitas vezes infundados contra a Justiça Eleitoral.”

    Córdova concluiu, sem citar nomes, que a lealdade às regras por parte dos jogadores – em referência aos políticos e candidatos – é condição fundamental para a democracia. “A defesa da democracia é uma responsabilidade de todas e todos. E isso passa por uma condição básica de funcionamento: seguir as regras do jogo.”

    Debate

    As emissoras CNN e SBT, o jornal O Estado de S. Paulo, a revista Veja, o portal Terra e a rádio NovaBrasilFM formaram um pool para realizar o debate entre os candidatos à Presidência da República, que acontecerá no dia 24 de setembro.

    O debate será transmitido ao vivo pela CNN na TV e por nossas plataformas digitais.