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    Chefe de gabinete de Flávio nega ter participado de reunião sobre operação da PF

    Inquérito apura o suposto vazamento de informações PF que teria beneficiado os então candidatos Jair Bolsonaro (sem partido) e Flávio Bolsonaro em 2018

    Leandro Resende , Da CNN, em Brasília

    Em depoimento ao Ministério Público Federal, o chefe de gabinete do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), Miguel Angelo Braga Grillo, negou ter participado de uma reunião na porta da sede Polícia Federal no Rio em que teriam sido vazadas informações sobre a Operação Furna da Onça, deflagrada em 2018.

    A declaração foi dada no dia 10 de junho, no âmbito do inquérito sigiloso que apura o suposto vazamento de informações PF que teria beneficiado os então candidatos Jair Bolsonaro (sem partido) e Flávio Bolsonaro há dois anos.

    A investigação foi aberta no mês passado pelo Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial do MPF após entrevista do empresário Paulo Marinho à Folha de S. Paulo. Segundo ele, que era aliado da família Bolsonaro, logo após o primeiro turno das eleições, Braga teria recebido uma ligação de um delegado da PF do Rio com uma suposta informação de interesse do filho do presidente.

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    De acordo com o relato de Marinho, suplente de Flávio Bolsonaro no Senado, Braga teria sido enviado pelo filho de Jair Bolsonaro para encontrar o agente da PF na porta da Superintendência do Rio. Nesta reunião  também teriam participado o advogado Victor Alves e a ex-tesoureira do PSL, Valdenice de Oliveira Meliga. Ali, teriam ficado sabendo que a investigação atingiria o ex-assessor Fabrício Queiroz e sua filha, Nathália, ambos lotados em gabinetes da família presidencial.   

    Braga falou aos procuradores do MPF por duas horas em uma videoconferência e negou ter participado dessa reunião. Na avaliação dos investigadores, porém, sua negativa não foi tão veemente como a de outra participante da reunião, Valdenice Meliga. A CNN apurou que o chefe de gabinete de Flávio Bolsonaro forneceu elementos que irão ser apurados para aprofundar uma investigação que, até aqui, avançou pouco. 

    O depoimento de Braga foi o último tomado pelo MPF nesta fase da investigação. Todos os supostos participantes da reunião em que alguém da PF teria vazado informações para beneficiar Flávio já foram ouvidos. Apenas o advogado Victor Alves, alegando sigilo profissional, preferiu ficar em silêncio a responder os questionamentos.

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