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    Eleições 2022

    Chapa Lula e Alckmin aumenta ofensiva para reduzir resistência do agronegócio

    Com acenos a empresários do setor, ex-presidente gravou entrevista ao canal Rural; seu vice cumpre agendas em Goiás e Rondônia

    Gabriela Pradoda CNN

    Na tentativa de diminuir a resistência do agronegócio à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), aliados do petista preparam uma ofensiva com entrevistas, agendas do candidato a vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e uma articulação com empresas e indústrias.

    A ideia é reforçar os benefícios ao setor durante o governo do petista, conforme antecipado pela analista de política da CNN Thais Arbex.

    A aliança com a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (Rede) também terá um discurso positivo, segundo articuladores da campanha petista ouvidos pela CNN. Para os articuladores da chapa de Lula com o agronegócio, o Código Florestal já garante direitos aos produtores rurais, e o apoio da ex-ministra ajuda a formular uma agenda para o futuro do setor com foco no desenvolvimento sustentável.

    “A vinda da Marina é muito positiva. Quem de nós vai defender o grileiro? O que é nosso direito ninguém vai mudar. Eleição se faz somando”, afirmou um dos principais articuladores do agronegócio com o PT, o senador licenciado Carlos Fávaro (PSD-MT).

    Outra estratégia será reforçar a memória do relacionamento com o mercado externo. Os aliados querem mostrar que Lula já assumiu o compromisso de realinhar a relação com os parceiros comerciais e também retomar a criação de políticas de crédito e financiamento com juros acessíveis.

    Fávaro e outro representante da campanha do PT com o agro, o candidato ao Senado de Mato Grosso Neri Geller (PP-MT), estiveram em São Paulo no início da semana para conversar com Lula sobre as demandas do setor.

    Por quatro horas, conversaram sobre os principais pontos da entrevista no Canal Rural que Lula gravou nesta terça-feira (20). O programa deve ser exibido na noite desta quarta-feira (21).

    A ida do ex-presidente à emissora voltada ao setor é considerada um dos pontos-chave dessa reta final.

    “Na pior das hipóteses, o que Lula falou na entrevista vai pacificar a relação com empresários”, contou Geller.

    Os aliados esperam repercutir nas redes sociais a entrevista e fazer dela um ponto de virada. Uma das respostas de Lula consideradas fortes foi sobre a relação com a China. O petista teria prometido resolver o desgaste com o país nos primeiros seis meses de seu governo.

    Além da entrevista, o vice Geraldo Alckmin cumpre agenda em Goiás e Rondônia na quarta-feira (21). Mais cedo, nas redes sociais, ele fez questão de lembrar os objetivos da viagem.

    “Nesta eleição, existem dois lados: o da democracia e o da barbárie. Será a eleição mais importante desde a redemocratização. Hoje vou ampliar a conversa minha e do presidente Lula em Goiás e em Rondônia com lideranças políticas, industriais e do agronegócio. Vamos juntos!​”, afirmou.

    Debate

    As emissoras CNN e SBT, o jornal O Estado de S. Paulo, a revista Veja, o portal Terra e a rádio NovaBrasilFM formaram um pool para realizar o debate entre os candidatos à Presidência da República, que acontecerá no dia 24 de setembro.

    O debate será transmitido ao vivo pela CNN na TV e por nossas plataformas digitais.