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    Centrão e Planalto tentam adiar instalação da CPI da Braskem no Senado

    Por ser o mais velho senador indicado para a comissão, Renan Calheiros convocou início dos trabalhos para terça (12). No entanto, se outro senador mais velho for membro, poderá adiar a data

    Larissa Rodriguesda CNN

    O senador Renan Calheiros (MDB-AL) convocou para terça-feira (12) uma reunião para a instalar a comissão parlamentar de inquérito (CPI) do Senado que pretende investigar a Braskem.

    A petroquímica é a responsável pelas minas de sal-gema que ameaçam desmoronar em Maceió (AL) e fez com que centenas de moradores da capital alagoana tivessem que deixar suas casas devido ao afundamento do solo na região.

    Segundo Calheiros, coube a ele fazer a convocação para tirar a CPI do papel já que, até agora, é o membro mais velho que foi indicado ao colegiado. Isso porque, de acordo com o regimento interno do Senado, o parlamentar mais idoso pode definir a data da primeira reunião de uma comissão.

    No entanto, tentando atrasar os trabalhos, alguns membros do Centrão — mais ligados ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) -, tentam traçar uma estratégia para que a CPI não seja instalada já no início da próxima semana.

    Neste sábado (9), parlamentares relataram à CNN que líderes cogitam mudar a indicação de alguns membros da CPI que foram indicados ao colegiado e, no lugar, colocar senadores mais velhos que Renan Calheiros.

    Com isso, o parlamentar mais idoso poderia mudar a data de instalação da comissão.

    Além de Lira, – rival de Calheiros em Alagoas e aliado do prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL) -, o Palácio do Planalto também trabalha nos bastidores para que a CPI não seja instalada na terça.

    Dentro do governo, a ideia é de que comissão poderá atrasar a votação de pautas econômicas, caso seja instalada ainda este ano.

    Há também um temor de que as investigações possam ainda chegar na Petrobras, acionista da Braskem.

    O que, automaticamente, poderia respingar também no presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e sua popularidade que já caiu nos últimos meses.