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    Castro e Paes não se entendem sobre medidas restritivas no Rio

    Governador e prefeito do Rio devem ir à Justiça para defender estratégias divergentes contra a Covid-19

    Paes e Castro dizem que vacinação no Rio começa ainda em janeiro (03 jan. 2020)
    Paes e Castro dizem que vacinação no Rio começa ainda em janeiro (03 jan. 2020) Foto: Reprodução / CNN

    Leandro Resendeda CNN

    Com 86,8% dos leitos de UTI do estado ocupados e mais de 90% de lotação nos hospitais da capital, o Rio de Janeiro vive dias de desentendimento entre o governador em exercício Cláudio Castro (PSC) e o prefeito Eduardo Paes (DEM).

    O foco da briga são as medidas restritivas para conter o avanço da Covid-19: Paes quer mais restrições ao funcionamento de serviços para tentar frear a doença, enquanto Castro defende maior flexibilidade.

    O prefeito anunciou medidas em conjunto com a cidade de Niterói, enquanto Castro irá se reunir com o presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), deputado André Ceciliano (PT), e com o presidente do Tribunal de Justiça (TJ) do estado, desembargador Henrique Figueira.

    O governo aposta na criação de um super-feriado, entre 26 de março e 4 de abril, para tentar conter as infecções e reduzir a pressão sobre o sistema de saúde.

    Os dois lados concordam em um ponto: é inevitável que divergência sobre o funcionamento de serviços, comércio e lojas acabe sendo levada para discussão na Justiça. E o acordo termina aí, pois nos bastidores a troca de farpas tem sido intensa. 

    Auxiliares de Castro afirmaram à CNN que Paes foi foi “grosseiro”e “arrogante” nas reuniões com o governador. Na tarde desta segunda-feira (22), o prefeito da capital ironizou a proposta de Castro de criar um feriado de 10 dias para conter a alta de casos de covid no estado.

    Paes afirmou que Castro prometeu ir à Justiça para que os decretos das cidades sejam impedidos de valer. “Estamos enfrentando uma polêmica em que a autonomia jurídica dos municípios está sendo colocada em xeque”, afirmou, durante encontro virtual da Frente Nacional de Prefeitos. 

    Auxiliares do prefeito, por sua vez, cobram “responsabilidade”de Castro diante do momento. Prefeitos de cidades da Região dos Lagos e do Norte Fluminense também estão preocupados com a decretação do super feriado e temem aumento do número de turistas nas cidades que já têm sistemas de saúde colapsados, como Cabo Frio, Búzios e Campos dos Goytacazes.