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    Caso Marielle: o que se sabe sobre a delação de Ronnie Lessa, assassino confesso da vereadora

    Ex-policial militar confessou ter sido contratado para matar a vereadora em 2018

    Maria Clara Matosda CNN*

    São Paulo

    Em um acordo com o Ministério Público, o ex-policial militar Ronnie Lessa revelou informações sobre o assassinato da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, ambos assassinados em março de 2018.

    O que Ronnie Lessa confessou?

    Ronnie Lessa confessou os assassinatos de Marielle Franco (PSOL) e Anderson Gomes. O PM teria atirado ao menos treze vezes contra as vítimas, que estavam em um carro no centro do Rio de Janeiro, de acordo com o Ministério Público.

    Quem mandou matar, segundo Lessa?

    Segundo Lessa, os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão encomendaram a morte da vereadora.

    Domingos é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) e Chiquinho é deputado federal, hoje sem partido. Ambos estão presos desde março desde ano por suposto envolvimento no caso Marielle.

    Qual foi a oferta dos mandantes, segundo Lessa?

    O ex-policial disse à polícia que os irmãos Brazão ofereceram um loteamento clandestino na zona oeste do Rio de Janeiro que custava US$ 10 milhões — o que contabilizaria R$ 100 milhões.

    Por que foi ordenada a execução de Marielle, segundo Lessa?

    O ex-policial contou em depoimento que Marielle era uma “pedra no caminho”. Segundo ele, ela teria convocado reuniões com lideranças comunitárias para que não houvesse adesão a novos loteamentos da milícia na região.

    A delação de Lessa já foi homologada?

    Sim. A delação de Ronnie Lessa foi homologada em março deste ano pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

    Ronnie Lessa está preso?

    Sim. Ronnie Lessa está preso desde dezembro de 2020 na Penitenciária Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, mas não foi condenado.

    O que disseram os irmãos Brazāo sobre a delação?

    A defesa de Chiquinho Brazão diz que a delação de Lessa “é uma desesperada criação mental na busca por benefícios, e que são muitas as contradições, fragilidades e inverdades”.

    Já a de Domingos afirma que não existem elementos que sustentem a versão de Lessa.

    *Com informações de Elijonas Maia e João Rosa, da CNN em Brasília