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    Eleições 2022

    Carta em defesa da democracia é reação a ataques a urnas e tribunais, diz diretor da USP

    Até a noite desta quarta-feira (27), o documento tinha 165 mil assinaturas; diretor da Faculdade de Direito da USP falou sobre o manifesto em entrevista à CNN

    Ludmila CandalTiago Tortellada CNN

    em São Paulo

    Um grupo de juristas da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (Fadusp) elaborou uma carta em defesa da democracia que, até a noite desta quarta-feira (27), tinha 165 mil assinaturas, incluindo banqueiros e outros setores da sociedade.

    Ela deverá ser lida pelo ex-ministro do Supremo Celso de Mello durante evento em 11 de agosto, na USP. Na data é comemorado o Dia do Estudante.

    Em entrevista à CNN nesta quarta, o diretor da Fadusp, Celso Fernandes Campilongo, afirmou que o manifesto é uma reação aos ataques a tribunais, ao sistema eleitoral e às urnas eletrônicas. Segundo explicou, essa situação “tem claramente um intuito de gerar desconfiança em relação às instituições”.

    “Uma das bases da democracia é justamente a confiança nas instituições”, observou Campilongo.

    O diretor também pontuou que os ataques são feitos “sem provas, sem documentação e sem comprovação”, o que faz com que a democracia “se sinta sitiada”.

    Sobre o apoio de banqueiros à carta, Campilongo destacou que os impactos na economia podem ocorrer pela instabilidade que as acusações, ameaça de ruptura e desconfiança nas instituições geram. Essa situação poderia, de acordo com o diretor, afastar investidores estrangeiros do Brasil.

    “Do ponto de vista jurídico, um dado elementar pro desenvolvimento econômico é a segurança jurídica”, complementou.

    Por fim, ele avaliou que é possível que haja mais de 100 mil assinaturas até o final desta quarta, destacando que, quando o manifesto foi publicado, na terça-feira (26), havia cerca de 3 mil apoiadores. Às 8h30 de hoje, eram 30 mil. E, no início desta tarde, ultrapassou a marca de 70 mil.

    A divulgação do documento foi antecipada pelo analista da CNN Caio Junqueira. Leia o manifesto na íntegra através deste link.

    *veja a entrevista completa no vídeo acima