Cármen Lúcia deve decidir sobre liberdade de Sara Winter
Segundo a defesa, a ativista tem feito uso do seu direito "inalienável" de expressão
A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, foi sorteada para relatar um habeas corpus apresentado pela defesa da ativista Sara Winter, presa nesta segunda-feira (15) após decisão do ministro Alexandre de Moraes, em inquérito que apura manifestações antidemocráticas.
Segundo a defesa, Sara tem feito uso do seu direito “inalienável” de expressão e faz uso frequente das redes sociais para manifestar suas opiniões, sem medo de represálias e de censuras.
“Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, este direito implica a liberdade de manter as suas próprias opiniões sem interferência e de procurar, receber e difundir informações e ideias por qualquer meio de expressão independentemente das fronteiras”, diz a defesa.
Leia também:
PGR diz que ‘300 do Brasil’ organiza ações que violam Lei de Segurança Nacional
Quem é Sara Winter, ex-ativista do Femen e apoiadora de Bolsonaro presa pela PF
Sara Fernanda Giromini, conhecida como Sara Winter, foi presa nesta segunda pela PF, que também cumpriu mandado de prisão de outras cinco pessoas investigadas. A prisão é temporária – vale por cinco dias e pode ser prorrogada por mais cinco.
Sara Giromini é líder do grupo 300 do Brasil, de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O grupo se define como militância organizada de direita e foi responsável por um acampamento, com cerca de 30 pessoas, montado na Esplanada no início de maio e desmobilizado no último fim de semana.
No último sábado (13), integrantes deste grupo participaram de ato em que manifestantes lançaram fogos de artifícios contra o prédio do STF.